Investiga a prevalência e os fatores associados a fragilidade em idosos em atendimento ambulatorial.
O envelhecimento populacional teve início no final do século XIX e se estendeu, de modo acelerado, nos últimos anos, sendo possível observar uma transformação na pirâmide etária, caracterizada pelo aumento significativo de pessoas idosas, vinculada ao avanço da expectativa de vida desta população.
O processo de envelhecimento humano é multifatorial e progressivo em todas as suas dimensões, sejam elas biológica, psicológica, socioeconômica, cultural ou espiritual. Os idosos possuem características distintas quando comparados às demais faixas etárias, fazendo com que a sua avaliação de saúde seja mais ampla e multidisciplinar, pois abrange processos funcionais, cognitivos, psíquicos, nutricionais e sociais, aprimorando a assistência e, assim, valoriza-se a autonomia e independência no ambiente em que vivem.
Nesse contexto, é inerente da senescência o surgimento de síndromes, as quais podem ser evidenciadas como resultado do declínio gradual do processo metabólico celular, interferindo em todos os sistemas orgânicos e que contribui para um decréscimo na capacidade de tolerar fatores estressores, aumentando o risco de ocorrência de desfechos variados. Assim, surge a fragilidade como uma síndrome clínica que gera um estado de vulnerabilidade ao idoso, relacionada à diminuição da força, da resistência e da função fisiológica, e aumentando o risco de sofrerem situações adversas como quedas, traumas, infecções, diminuição capacidade funcional, além de pressão arterial instável e do desenvolvimento de maior dependência.
A identificação, avaliação e tratamento de pessoas idosas frágeis tendem a ser o foco da atenção em geriatria e gerontologia. Essa condição é altamente prevalente entre os idosos longevos, grupo que cresce mais rapidamente na população idosa. O cuidado voltado aos idosos e a prevenção da síndrome da fragilidade estão interligados com a formação de profissionais capacitados, reconhecendo que o cuidado dispensado a esse grupo requer habilidades especiais, além de maior tempo de intervenção.
Diante desse contexto, o enfermeiro deve conhecer cada vez mais o processo de envelhecimento e buscar estratégias que possam promover a autonomia e independência do idoso, através da prestação de um cuidado individualizado, especialmente àqueles com fragilidade ou que estejam em risco para desenvolvê-la. Para isso, faz-se necessário utilizar ferramentas que avaliem o estado de saúde dessa população, subsidiando cuidados futuros.
Assim, torna-se imprescindível investigar acerca da prevalência da fragilidade em idosos, bem como as características sociodemográficas e clínicas daqueles que são frágeis, contribuindo com evidências que possam subsidiar as práticas de prevenção e promoção à saúde nessa faixa etária.
Para nortear esta pesquisa foram elaborados os seguintes questionamentos: qual a prevalência da fragilidade em idosos, em atendimento ambulatorial, no município de João Pessoa, Paraíba Quais são as características sociodemográficas e clínicas dos idosos classificados como frágeis? Para responder tais questionamentos, foi elencado o seguinte objetivo para o estudo: Investigar a prevalência e os fatores associados à fragilidade em idosos em atendimento ambulatorial.