Preparo e Administração de Medicamentos Via Sonda Enteral ou Ostomias

11 de maio de 2020 por filipesoaresImprimir Imprimir

Apresenta formas de preparo e administração de medicamentos via sonda enteral ou ostomias.


Medicamentos orais são prescritos e administrados com frequência via sonda enteral e ostomias. Essas vias de administração, apesar de serem mais seguras do que as vias alternativas parenterais e com custo mais reduzido, também apresentam importante potencial para o desenvolvimento de eventos adversos, uma vez que as formas farmacêuticas orais não foram desenvolvidas para serem administradas por essas vias. Pode-se citar, como exemplos, toxicidade medicamentosa, erros de medicação, efeito sub-terapêutico e obstrução da sonda.

Administração de medicamentos

Certas formas farmacêuticas, como comprimidos de liberação entérica ou comprimidos de liberação prolongada, por exemplo, são incompatíveis com as técnicas de trituração ou dispersão demandadas no seu preparo para administração via sonda.

Preparo e administração de documentos

O processo de trituração de comprimidos de liberação entérica destrói seu revestimento, que tem como objetivo proteger o fármaco do ácido gástrico. Por outro lado, comprimidos de liberação prolongada apresentam tecnologia que promove a liberação lenta e prolongada do fármaco no trato gastrointestinal. A trituração leva à liberação imediata e rápida do fármaco, sendo este um erro de medicação que pode resultar em efeito tóxico com danos potencialmente graves, como aqueles descritos no exemplo inicial deste boletim envolvendo o nifedipino de liberação prolongada. Além disso, o revestimento presente nestes comprimidos pode ocasionar a obstrução das sondas. Outros comprimidos que não devem ser triturados ou dispersados são os citostáticos e sublinguais. Nestes casos, deve-se optar por outra forma farmacêutica, preparação de forma magistral ou troca de princípio ativo.

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