Práticas de Enfermeiros Sobre Imunização: Construção Compartilhada de Tecnologia Educacional

15 de setembro de 2021 por filipesoaresImprimir Imprimir

Conhece a percepção de enfermeiros da Atenção Primária em Saúde a respeito dos conhecimentos dos usuários sobre imunização.


A Atenção Primária à Saúde (APS) compreende um conjunto de ações de caráter individual e coletivo para a promoção e proteção da saúde, bem como a reabilitação de agravos. Orienta-se por eixos estruturantes chamados de atributos essenciais: atenção ao primeiro contato, longitudinalidade, integralidade e coordenação; e atributos derivados: orientação familiar e comunitária e competência cultural, que representam importantes indicadores de qualidade deste nível de atenção.

Práticas de Enfermeiros Sobre Imunização: Construção Compartilhada de Tecnologia Educacional

Práticas de Enfermeiros Sobre Imunização: Construção Compartilhada de Tecnologia Educacional. Foto: Divulgação

No contexto da APS, a imunização ocupa lugar de destaque entre as intervenções em saúde pública postas em prática pelas autoridades sanitárias, pois os resultados da vacinação, reduzindo a morbimortalidade da população em âmbito mundial, coletivo e individual, são provas incontestes da sua importância para a saúde coletiva. As vacinas estão entre os produtos biológicos mais seguros, de comprovada eficácia, baixo custo, grande impacto nas condições de saúde da comunidade e disponíveis para os grupos alvo dos programas de imunização.

Imunização

Ressalta-se que a vacinação não deve ser atividade mecânica, tecnicista e automatizada, pois cada usuário apresenta individualidades e peculiaridades, somadas ao nível de escolaridade, faixa etária, condição de saúde e história vacinal que os fazem seres únicos. Assim, entende-se que é necessário intensificar a capacitação dos profissionais em sala de vacina e a presença de enfermeiros na supervisão e coordenação das atividades nesse setor.

A educação em saúde é considerada uma ferramenta para qualificar os conhecimentos, atitudes e práticas dos indivíduos, contribuindo para a promoção da saúde. Somar a educação em saúde às práticas da APS é ação contemporânea e necessária, especialmente quando ocorre a partir da troca de conhecimentos e, com isso, se torna um ato de criar e transformar pensamentos e ações.

As atividades dos profissionais de saúde são mais ricas com a incorporação de materiais educativos, marcando a importância prática dos assuntos abordados e facilitando o processo de orientação em saúde. Nesse contexto, a enfermagem é protagonista em práticas educativas, buscando estratégias que possam facilitar essas ações, entre elas, a utilização de Tecnologias Educacionais (TE) como ferramentas que intermediam essas práticas para sua equipe e/ou usuários.

As tecnologias estão classificadas em três tipos: as duras, que dizem respeito ao aparato tecnológico à disposição dos profissionais; leveduras, que abrangem os saberes estruturados, como as teorias e o processo de enfermagem, e as leves, ferramentas que favorecem a comunicação nas relações de acolhimento e gestão de serviços. Em geral nas ações de educação em saúde, as tecnologias leves são utilizadas como instrumentos que intermediam esse processo.

Vale ressaltar que a participação do público-alvo na construção das TE é de suma importância. A densidade dessa participação pode acrescentar potencial transformador na remodelação do processo de educação em saúde. Esta pode ser classificada em três tipos: baixa, média e alta densidade. As médias e altas têm elevado grau de diálogo de conhecimentos e possibilitam envolvimento da construção da TE.

Assim, busca-se possibilidades de potencializar as práticas educativas em sala de vacina, tanto na forma de educação permanente entre os profissionais atuantes ou como garantia de informação segura para usuários, disponibilizando ferramentas para intermediar essas ações.

Considerando-se a relevância desse tema, definiu-se como objetivos: Conhecer a percepção de enfermeiros da APS a respeito dos conhecimentos dos usuários sobre imunização; Identificar as práticas desses enfermeiros sobre imunização; Construir, de forma compartilhada, uma tecnologia educacional sobre imunização.

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