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Perfil Sociodemográfico e Laboral dos Vacinadores das Unidades de Atenção Primária à Saúde do Brasil

15 de dezembro de 2025 por filipesoaresImprimir Imprimir

Quem são os profissionais das salas de vacinação no Brasil?


As salas de vacinação são peças-chave da Atenção Primária à Saúde no Brasil, e por trás de cada dose aplicada há profissionais que garantem o funcionamento desse serviço essencial. Um estudo realizado entre 2021 e 2022 buscou justamente traçar o perfil sociodemográfico e laboral desses trabalhadores que atuam nas unidades básicas de saúde, tanto em áreas urbanas quanto rurais.

A imagem transmite a ideia de caracterização e análise do perfil dos profissionais vacinadores no Brasil.

A pesquisa teve caráter transversal e descritivo, envolvendo municípios brasileiros e incluindo um profissional por sala de vacinação da rede pública. Para participar, era necessário ter pelo menos seis meses de experiência. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas telefônicas ou pelo envio de um link com o questionário, acessado via aplicativo de comunicação. As informações foram analisadas com base em estatísticas descritivas.

Ao todo, participaram 278 profissionais. Os resultados mostram que a grande maioria dos vacinadores é composta por mulheres (89,9%), principalmente na faixa etária de 31 a 40 anos (40,6%). Metade dos participantes era formada por enfermeiros(as), reforçando o papel central dessa categoria na imunização, ainda que nem sempre de forma exclusiva.

Em relação às condições de trabalho, muitos relataram possuir vínculo efetivo com o serviço público (36,7%) e cumprir jornadas entre 31 e 40 horas semanais (83,1%). A experiência profissional mais comum variou entre dois e cinco anos (33,4%). Um dado que chama atenção é que a maioria afirmou não contar com uma escala de trabalho definida (66,1%), o que pode impactar diretamente a organização das atividades e a qualidade de vida no trabalho.

De modo geral, o estudo revela que as equipes de vacinação no Brasil são formadas majoritariamente por mulheres jovens, que convivem com desafios importantes, como a sobrecarga de trabalho, vínculos muitas vezes precarizados e o afastamento do enfermeiro de algumas atividades específicas das salas de vacinação em diversas regiões. Esses achados reforçam a importância de discutir melhores condições de trabalho e organização dos serviços para fortalecer ainda mais o Programa Nacional de Imunizações.

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