Percepção de Mães Sobre a Visitação Aberta na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

27 de junho de 2024 por filipesoaresImprimir Imprimir

Compreende a percepção de mães sobre a visitação aberta na unidade de terapia intensiva neonatal.


A atenção humanizada pressupõe a presença da família, ao estabelecer que os hospitais proporcionem condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente, incluindo aquelas em cuidados críticos.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília.

Observa-se que a presença e os cuidados dos pais propiciam benefícios à recuperação dos neonatos, como redução do estresse causado pela hospitalização, preparo para o cuidado à saúde no domicílio, fortalecimento do vínculo parental, entre outros. Contudo, a permanência deles na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), em particular nos países latino-americanos, configura-se como um desafio a ser superado.
A visitação aberta desponta como uma proposta da Política Nacional de Humanização, cujo objetivo volta-se a ampliar o acesso dos visitantes às unidades de internação visando maximizar a interação entre o paciente, sua rede social e os múltiplos serviços de saúde. Em suma, espera-se atender o direito do paciente de receber visita e de contar com um acompanhante, além da flexibilização dos horários de visitação. Em resumo, deve-se considerar o núcleo familiar como objeto e centro do cuidado, encorajando o envolvimento afetivo e o cuidado do bebê.
Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde definiu como metas, o treinamento da equipe de enfermagem para prestar cuidados práticos em parceria com as famílias, e a inserção dos pais e familiares no cuidado visando reduzir o estresse, contribuir para o ganho de peso dos bebês e promover adequado desenvolvimento neuropsicomotor. Dentre os genitores, as mães são prevalentes enquanto cuidadoras principais, inclusive em UTIN.
Embora os benefícios referentes à permanência das mesmas na UTIN apresentem-se descritos na literatura, relacionam-se, em sua maioria, ao Método Canguru. Assim, estudos sobre a visitação aberta são incipientes. Nesse contexto, buscou-se responder a seguinte questão: qual é a percepção de mães de recém-nascidos internados em UTIN sobre a visitação aberta?
Em síntese, desvelar a experiência de mães de recém- -nascidos internados em UTIN quanto a visitação aberta torna-se relevante, pois permite a realização de um diagnóstico situacional cujo desfecho poderá resultar em intervenções que favoreçam esse processo, fatores estes que justificam a realização deste estudo. Assim, objetivou-se compreender a percepção de mães sobre a visitação aberta na UTIN.
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