Percepção dos Acadêmicos de Enfermagem Sobre Autismo

17 de outubro de 2022 por filipesoaresImprimir Imprimir

Analisa o nível de conhecimento dos acadêmicos do curso de Enfermagem de uma universidade pública sobre o Transtorno do Espectro Autista.


O Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (APA), é um distúrbio de desenvolvimento neurológico caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos e/ ou interesses repetitivos e restritos, e tem origem nos primeiros anos de vida.

Percepção dos Acadêmicos de Enfermagem Sobre Autismo

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), considerando que há uma prevalência crescente do autismo de forma global, é imprescindível que os profissionais de saúde tenham uma base de conhecimento adequada para poder ofertar os devidos cuidados a indivíduos com esse transtorno. No entanto, muitos profissionais não possuem conhecimento técnico acerca do autismo e suas manifestações. Isso se deve pela falta de exposição a essa temática no âmbito acadêmico.

O Transtorno do Espectro Autista é uma condição que afeta tanto o indivíduo quanto a sua família, e que pode ser agravada pela falta de conhecimento dos profissionais em identificá-lo. Apesar de não existir cura, o diagnóstico e as intervenções precoces são essenciais para tornar a pessoa mais independente e melhorar a qualidade de vida, na medida em que possibilita o estímulo do desenvolvimento cognitivo, da fala e nos aspectos afetivos e emocionais, além de preparar a família para a futura luta diária. Entretanto, estudo realizado aponta que profissionais da área da saúde possuem um conhecimento inconsistente, apresentando diversos equívocos e opiniões desatualizadas acerca das características de desenvolvimento, cognitivas, sociais e emocionais do Transtorno do Espectro Autista. Além disso, familiares relatam a falta de acompanhamento das Unidades Básicas de Saúde para com as crianças autistas, expondo a ausência da participação dos profissionais de enfermagem na assistência ao longo do desenvolvimento do indivíduo com esse transtorno.

Conhecimento sobre Autismo

Uma pesquisa feita com estudantes do último ano de medicina, enfermagem e psicologia da Universidade da Nigéria, demonstrou o baixo conhecimento sobre a temática. O que é preocupante considerando que, em um futuro próximo, estes estudantes serão profissionais da saúde que poderão integrar uma equipe multidisciplinar, e também poderão ser os primeiros a entrar em contato com indivíduos acometidos por distúrbios do desenvolvimento. O profissional de enfermagem tem um importante papel de educador em saúde, sendo responsável por desenvolver atividades que atendam às necessidades sociais e por orientar os pacientes na prevenção de doenças e na promoção da saúde.

Assim, faz-se necessário que o profissional de Enfermagem tenha conhecimento necessário para detectar sinais de atrasos no desenvolvimento infantil e prestar uma assistência adequada a indivíduos autistas e seus familiares/cuidadores. No entanto, observa-se que a matriz curricular da área de Enfermagem trabalha pouco com esse tema, ou não o expõe, e isso provoca um grande déficit de conhecimento dos enfermeiros acerca do autismo.

Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar o nível de conhecimento dos acadêmicos do curso de Enfermagem de uma universidade pública sobre o Transtorno do Espectro Autista.

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