Analisa, em comparação com suas versões anteriores, as inovações apresentadas no novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
Vivemos em uma sociedade na qual as informações são geradas e compartilhadas com tamanha fugacidade, o que implica em transmutação de conhecimento e nos remete a necessidade de uma constante atualização dele, como recurso essencial para um viver ético, seja no modo de ser ou de agir a partir do processo de tomada de decisões com base nas mudanças observadas na sociedade moderna. Os profissionais do campo da Enfermagem precisam acompanhar tais mudanças e assumir a liderança na revolução quanto a produção dos cuidados à saúde centrada na pessoa/paciente e orientada pela qualidade dos cuidados.
Nessa perspectiva pode-se inferir que o Conselho Federal de Enfermagem em atendimento a sua Lei de criação nº 5.905/73 e no acompanhamento da evolução do conhecimento e das mudanças que vem ocorrendo, entendeu como necessária a atualização do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), documento normativo definido como um conjunto de diretrizes pautadas nos princípios fundamentais de um campo profissional, nos direitos, deveres e proibições que servem como fundamentos a orientar o exercício de determinada profissão. O CEPE já passou por quatro atualizações desde sua primeira edição aprovada em 1975.
Segundo informações constantes na página oficial do Cofen, em abril de 2017, a autarquia abriu consulta pública para que a comunidade da Enfermagem brasileira pudesse enviar suas contribuições, as quais foram consolidadas pela Comissão Nacional e levadas à Conferência Nacional de Ética na Enfermagem (CONEENF) ocorrida em junho do mesmo ano. Por fim, foi construída a minuta do novo CEPE que após aprovada foi publicado a Resolução n° 564/2017 passando a vigorar a partir de 06 de abril de 2018. Assim, considerando as mudanças estruturais e textuais com a aprovação da Resolução, o presente artigo tem por objetivo analisar, em comparação com suas versões anteriores, as inovações apresentadas no novo CEPE.