Documento normatiza a atuação do enfermeiro na assistência direta e no gerenciamento do Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Inter-hospitalar.
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) aprovou durante a 524ª reunião ordinária da plenária, a nova Resolução que normatiza a atuação do enfermeiro na assistência direta e no gerenciamento do Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Inter-hospitalar em veículo aéreo. A Resolução 656/2020 foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Aeromédico do Cofen que é composto por enfermeiros de voo civis e militares de diversas regiões do país.
“A utilização de aeronaves (aviões e helicópteros) como resposta pré-hospitalar ou para o transporte de pacientes críticos é uma realidade em crescimento constante e necessária em nosso país que possui uma extensão continental com características locorregionais específicas, aonde o uso de aeronaves se torna imprescindível para garantir o atendimento adequado e o acesso oportuno dos pacientes graves à rede hospitalar de referência”, informa o coordenador do GT Aeromédico e da Comissão Nacional de Urgência e Emergência, Eduardo Fernando.
Os avanços tecnológicos foram fundamentais para tornar possível essa realidade, mas somente aeronaves arrojadas e equipamentos modernos não seriam suficientes para garantir a qualidade da assistência do paciente e o sucesso das missões se não houver uma legislação que normatize a atuação dos enfermeiros de voo.
É imprescindível a presença de profissionais qualificados para a atuação no ambiente aeroespacial, que apresenta vários elementos estressores de voo, alterações fisiológicas e limitação de espaço, o enfermeiro de vôo deve atuar pautado nas normativas da lei do exercício profissional, bem como seguir rigorosamente os protocolos operacionais regidos pelos órgãos competentes.
“O desenvolvimento inteligente de padronizações, formação e qualificação de enfermeiros de voo trarão benefícios não só para classe profissional que estará embasada cientificamente em suas condutas, mas principalmente aos pacientes aerotransportados”, destaca a presidente da Associação Brasileira de Enfermagem Aeroespacial (ABRAERO), Michelle Taverna.