MHealth: Definição, Interesses, Desafios e Futuro

3 de outubro de 2022 por filipesoaresImprimir Imprimir

MHealth é ampliar o acesso à informação e a serviços de saúde que promovem o bem-estar pessoal, cuidados preventivos e gestão de doenças crônicas.


Desafios na área da saúde têm sido uma das principais barreiras para o desenvolvimento global sustentável. Para contornar essas barreiras, atualmente, pesquisas na área da saúde estão orientadas a sistemas de monitoramento, gerenciamento e controle, sistemas de comunicação, hardware para sensoriamento de pacientes e exames clínicos, sistemas de apoio à decisão e/ou trabalho colaborativo. É neste ambiente, permeado pela implantação de novas tecnologias que envolvem desde modelagens e/ou simulações de ambientes reais e desenvolvimento de aplicações médico-hospitalares voltadas à otimização dos processos da área da saúde que vários termos e pesquisas pertinentes ao assunto têm surgido na literatura. Essas pesquisas surgem com o objetivo de contribuir com os serviços prestados, melhorando o atendimento e minimizando os riscos à saúde dos pacientes.

mhealth

O histórico aponta que o uso da telemedicina é antigo e podem ser seguidos desde o início do século XX, quando em 1906, Wilhelm Einthove, inventor do eletrocardiograma, iniciou experiências de consulta remota através da rede telefônica e descreveu como realizar a transmissão por telefone de eletrocardiogramas. No histórico da primeira guerra mundial, em meados de 1916, a comunicação entre médicos com o uso de rádios permitiu também a evolução do que hoje se conhece por telemedicina, mas foi a partir da década de 90, depois de várias tecnologias empregadas para o aperfeiçoamento da telemedicina, que as aplicações médicas a distância se multiplicaram e os projetos na área desenvolveram-se rapidamente. Até os dias atuais, médicos usam vários meios de comunicação para troca de informação sobre a medicina.

Conceito de telemedicina

O conceito de telemedicina data de tempos antigos e suas definições vêm sendo discutidas e adequadas às novas facilidades tecnológicas e às necessidades dos serviços de saúde e dos pacientes. Em síntese, pode-se compreender as definições de telemedicina como o uso de tecnologias de comunicação para possibilitar cuidados à saúde nas situações em que a distância é um fator crítico (World Health Organization, 1998).

O termo telemedicina primeiramente foi utilizado para as práticas de assistência médica a distância; porém, esse conceito vem sendo ampliado. Existem vários outros termos que variam de acordo com as tecnologias empregadas, é o caso do MHealth (acrônimo de Mobile Health em inglês), que para fins de pesquisa, o observatório global para E-Health, do inglês Global Observatory for E Health (GOE), definiu MHealth como prática médica e de saúde pública suportado por dispositivos móveis, dentre os quais, telefones celulares, tablets, dispositivos de monitoramento de pacientes, Personal Digital Assistant (PDA) e outros dispositivos sem fio (World Health Organization, 2011).

Essas tecnologias móveis mudam a tradicional entrega de cuidados de saúde, permitindo que esses cuidados continuem de forma generalizada a qualquer hora e em qualquer lugar. A partir desta tecnologia, profissionais de saúde, médicos e pacientes têm a oportunidade de monitorar continuamente as condições e informações de saúde fora do consultório médico e fora da casa do paciente.

Objetivo do MHealth

O principal objetivo do MHealth é ampliar o acesso à informação e aos serviços de saúde que promovem o bem-estar pessoal, cuidados preventivos e gerenciamento de doenças crônicas, promovendo a eficiência no atendimento e práticas de gestão para melhorar a saúde da população. O objetivo, também, é reduzir os custos dos cuidados médicos, maximizando a eficiência no sistema de saúde e promovendo a prevenção. Além disso, também possui o benefício do acompanhamento diário obrigatório em prol de alguns pacientes com determinadas doenças que exigem assistência/monitoramento/cuidado frequente.

Para acompanhar esta heterogeneidade de dispositivos, aplicações desse tipo podem ser tecnicamente simples (que usem pacotes de voz, ou Short Message Service – SMS) – satisfazendo uma necessidade imediata e oferecendo benefícios que incentivam o paciente a usar o aplicativo – ou avançadas, que podem requerer do dispositivo hospedeiro um poder computacional mais avançado para que possam alcançar uma determinada função de apoio aos cuidados a pacientes remotos.

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