Manifestações Clínicas da Tuberculose Pleural, Ganglionar, Geniturinária e do Sistema Nervoso Central

5 de junho de 2018 por filipesoaresImprimir Imprimir


A tuberculose persiste como uma importante causa de morbidade e mortalidade mundial. Apesar de a forma pulmonar ser a apresentação mais importante e frequente, o acometimento extra pulmonar ocorre em aproximadamente 10-20% dos casos e em até 60% nos imunocomprometidos.

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O comprometimento pleural, ganglionar e urogenital são os mais comuns em nosso meio, além da importância do comprometimento do sistema nervoso central. A tuberculose costuma manifestar-se clinicamente como enfermidade subaguda a crônica, com sinais sistêmicos clássicos de febre baixa vespertina, emagrecimento e astenia, além daqueles que são dependentes do órgão afetado.

Tuberculose ainda causa mortes

A tuberculose é uma importante causa de morbidade e mortalidade. Ocorrem, aproximadamente, de 8-10 milhões de casos novos ao ano e de 2-3 milhões de mortes por ano, constituindo-se um verdadeiro escândalo, dando veracidade à frase de Styblo: “A tuberculose é um escândalo, um paradoxo e um dilema”. Conhecemos praticamente tudo a respeito dessa enfermidade há mais de um século: seu agente etiológico, sua patogenia e suas manifestações clínicas; temos métodos de diagnóstico bons e baratos; sabemos tratá-la e temos fármacos extremamente efetivos. Porém, ainda temos essas vergonhosas taxas, caracterizando um verdadeiro paradoxo. Constitui também um dilema, pois, seguramente, não a erradicaremos nem a controlaremos se priorizarmos somente investimentos em novos métodos diagnósticos ou em novas drogas, esquecendo-nos de importantes e necessárias ações sociais.

A manifestação clínica dependerá do local comprometido. No entanto, a tuberculose é de apresentação subaguda a crônica, podendo causar os mais diversos sinais e sintomas, o que permite afirmar que não existe sinal ou sintoma específico de tuberculose em quaisquer de suas localizações. Nenhum aspecto radiológico também é patognomônico de tuberculose.
Destarte, a tuberculose deve ser sempre incluída no diagnóstico diferencial de qualquer quadro clínico, especialmente em países de alta prevalência, como o Brasil.

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