Manejo da Dor Em Neonatos: Conhecimento da Equipe de Enfermagem Sobre Terapêutica Implementada na UTIN

27 de março de 2025 por filipesoaresImprimir Imprimir

Como a Equipe de Enfermagem Reconhece e Maneja a Dor Neonatal?


A dor neonatal é um tema crítico nos cuidados intensivos, e o reconhecimento adequado pelos profissionais de saúde é essencial para um manejo eficaz. Mas será que a equipe de enfermagem está bem preparada para identificar e intervir nesses casos? Um estudo recente buscou responder essa pergunta, e os resultados trazem insights importantes.

Conhecimento de Enfermeiras Acerca da Sucção Não Nutritiva no Manejo da Dor do Recém-nascido

Foto: Divulgação.

Objetivo do Estudo

A pesquisa teve como objetivo avaliar o conhecimento da equipe de enfermagem—incluindo técnicos e enfermeiros—sobre as terapêuticas de manejo da dor em recém-nascidos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).

Métodos Utilizados

O estudo foi do tipo descritivo e transversal, com uma abordagem quantitativa. Os participantes foram profissionais de enfermagem atuantes na UTIN, e os dados coletados foram analisados por meio de estatística descritiva e distribuição de frequências.

Principais Resultados

1. Reconhecimento dos Sinais de Dor

Os sinais mais citados pela equipe foram:

  • Choro (72,5%)
  • Expressões faciais de dor (53,8%)

Isso mostra que, embora alguns indicadores sejam bem reconhecidos, outros sinais sutis de dor podem estar sendo negligenciados.

2. Medidas de Manejo da Dor

As estratégias mais utilizadas pelos profissionais foram:

  • Uso de solução adocicada (glicose 25% ou 30%)
  • Enrolamento do neonato (técnica do “swaddling”)

3. Conhecimento sobre Causas e Intervenções

O nível de reconhecimento sobre os fatores causadores de dor foi alto, ultrapassando 80%. Da mesma forma, os profissionais demonstraram conhecer as medidas de manejo disponíveis.

Conclusão: Conhecimento x Prática

Apesar do bom nível de conhecimento da equipe, a aplicação das intervenções ainda ocorre em menor grau. Ou seja, mesmo sabendo o que deve ser feito, nem sempre essas ações são colocadas em prática com a frequência ideal.

Esse gap entre teoria e prática chama a atenção para a necessidade de melhorar a implementação dos cuidados, seja por meio de treinamentos contínuos, protocolos mais eficientes ou maior conscientização sobre a importância do manejo adequado da dor neonatal.

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