Imunidade Natural Contra a COVID-19

19 de outubro de 2021 por filipesoaresImprimir Imprimir

Aborda aquilo que já se sabe sobre a imunidade contra o SARS-CoV-2 decorrente da infecção natural.


Este informe científico substitui o Informe Científico da Organização Mundial da Saúde (OMS) intitulado Immunity passports in the context of COVID-19 [Passaportes de imunidade no contexto da COVID-19], publicado em 24 de abril de 2020. A atualização aborda aquilo que já se sabe sobre a imunidade contra o SARS-CoV-2 decorrente da infecção natural. Foi realizada uma rápida revisão sobre o assunto e buscas regulares foram realizadas em periódicos científicos por artigos sobre imunidade contra a COVID-19, a fim de garantir a inclusão de todos os estudos grandes e robustos disponíveis na literatura no momento em que este documento foi redigido.

Imunidade Natural Contra a COVID-19

Imunidade Natural Contra a COVID-19. Foto: Divulgação

Resposta imune à infecção natural pela COVID-19

A exposição prévia ao SARS-CoV-2 pode ser avaliada com base na detecção de anticorpos específicos contra o vírus no soro. Os anticorpos neutralizantes funcionais (em inglês, NAb – neutralizing antibodies) são aqueles capazes de neutralizar o vírus, bloqueando a sua entrada na célula.

Estudos de coorte de grande porte relataram que 90%-99% dos indivíduos infectados pelo SARS-CoV-2 desenvolvem anticorpos neutralizantes nas 2-4 semanas após a infecção. Uma pequena proporção de indivíduos não desenvolvem NAbs após infecção pelo SARS-CoV-2 , por motivos ainda não esclarecidos. Indivíduos com infecção leve ou assintomática tendem a ter concentrações menores de anticorpos do que aqueles com quadro grave da doença, e alguns estudos indicam que, em alguns indivíduos, ocorre redução nas concentrações de anticorpos alguns meses após a infecção. Estudos destinados a detectar memória imunológica, incluindo avaliação da imunidade celular por meio de testes para presença de linfócitos B de memória e linfócitos T CD4+ e CD8+, mostraram uma imunidade robusta seis meses após a infecção, em 95% dos indivíduos estudados, incluindo indivíduos com infecção assintomática, leve, moderada e grave.

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