5 de agosto de 2020 por filipesoares
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Analisa aspectos epidemiológicos da infecção por COVID-19 nos profissionais de Enfermagem durante a emergência da pandemia no território brasileiro em 2020.
Atualmente, o desafio dos profissionais da saúde por todo o mundo está relacionado a pandemia do novo coronavírus (COVID-19) originada no final de 2019 na China. A alta transmissibilidade associada a disseminação por formas de contágio diversas e a inexistência de medicamentos e vacinas eficazes contribuíram para sua expansão pelos continentes, atingindo 4.066.238 casos e 312.845 óbitos no Mundo e 234.106 casos com 15.662 mortes no Brasil até 17 de maio de 2020.
Frente a demanda exacerbada pelos serviços de saúde, os enfermeiros ocupam uma posição central, atuando desde a gestão dessa emergência em saúde pública à frentes de prevenção e assistência direta aos acometidos pela COVID-19. Essa nova realidade ampliou a vulnerabilidade desses profissionais, pela falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) disponíveis e possibilidade de infecção durante o cuidado de Enfermagem.
Impacto da COVID-19 Sob o Trabalho da Enfermagem Brasileira: Aspectos Epidemiológicos (Foto: engin akyurt/Unsplash)
No entanto, pesquisadores ressaltam que o desafio no enfrentamento à COVID-19 perpassa por estoques de EPI limitado. Materiais básicos se esgotando e uma demanda crescente de pacientes. Estudos com enfermeiros que atuam na linha de frente apontaram que a sobrecarga no trabalho reflete claramente na redução do desempenho e possibilidade ampliada à infecção. Em adicional, é observado no Brasil desatenção e negligência com a equipe de Enfermagem, na imposição de reaproveitamento de EPI e improvisos. Profissionais de grupos de risco ou adoecidos impedidos de afastamento e escalas desumanas. Quadro que evidencia que a gestão dos serviços de saúde privilegia alguns aspectos. Em detrimento da saúde e integridade desses profissionais.
O deslocamento do epicentro para a América e a disseminação da doença no Brasil. Trouxe a realidade da pandemia para o cotidiano da Enfermagem brasileira. Assim, problemas históricos como, baixo investimento em infraestrutura. Péssimas condições de trabalho e quantitativo de profissionais insuficientes. Especificamente pelo dimensionamento de pessoal aquém do ideal em meio ao aumento do fluxo de usuários nos serviços de saúde, suspeitos e/ou confirmados com Covid-19. Somaram os prejuízos tanto a assistência quanto para saúde desses profissionais.
Embora, mesmo sob riscos constantes de adoecer e com necessidade de valorização e respeito. Os profissionais de Enfermagem sustentam um cuidado baseado em evidências científicas que contribui com a saúde da população a nível global. E inevitavelmente, não saem ilesos dessa jornada intensa. Muitas vezes, vindo a adoecer e/ou a mor-
rer no exercício do cuidar. Frente a isso, buscou-se analisar aspectos epidemiológicos da infecção por COVID-19 nos profissionais de Enfermagem durante a emergência da pandemia no território brasileiro em 2020.
