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Gravidez na Adolescência: Percepção dos Enfermeiros Sobre a Assistência de Enfermagem
26 de janeiro de 2024 por filipesoares Imprimir
Descreve a percepção dos enfermeiros da atenção básica sobre a assistência pré-natal direcionada às adolescentes grávidas.
Em todo o mundo, a gravidez no extremo inferior da idade é considerada alarmante e preocupante, devido às possíveis complicações às quais está exposta. Chegando a tornar-se um problema público de saúde e social, principalmente em países em desenvolvimento, em decorrência das condições socioeconômicas e de baixa infraestrutura de saúde.
Foto: Prefeitura Municipal de Guarujá.
Considera-se uma
gravidez na adolescência aquela que transcorre na faixa etária de 10 aos 19 anos de idade. Uma gestação nessa circunstância é considerada como fator de risco da perspectiva obstétrica, econômica, psicológica e social.
Estima-se, mundialmente, que para cada 1.000 adolescentes (15 a 19 anos) há 46 grávidas, em comparação com a América Latina e o Caribe os índices apontam para 66,5 nascidos por 1.000 adolescentes. No território nacional não é diferente, em 2018 nasceram 2.899.851 bebês, desses 414.866 mil eram filhos de adolescentes entre a faixa etária de 15 a 19 anos e 18.231 mil de menores de 15 anos.
Mediante o cenário da saúde pública brasileira, o primeiro contato aos cuidados ofertados no pré-natal deve ser feito pela equipe da atenção básica à saúde. Onde o enfermeiro desempenha um papel essencial do acompanhamento de todo o período gestacional, em conjunto com o médico.
Apesar de diversos autores apontarem a gravidez na adolescência como considerada de risco, o Ministério da Saúde (
MS) predetermina algumas situações tidas como de risco que podem ser acompanhadas na atenção básica, o qual se inclui idades inferiores a 15 anos, baixa escolaridade, situação familiar insegura e não aceitação da gravidez – situações recorrentes principalmente tratando-se de adolescente.
Desse modo, o enfermeiro que atua na atenção básica e faz a assistência ao pré-natal necessita atenta-se as individualidade e especificidades que uma gestação na adolescência demanda, buscando estratégias para sistematizar a assistência de enfermagem, de modo a prestar o cuidado de forma holística e de qualidade, ademais buscar a interação, a criação de vínculo e confiabilidade.
Nesse contexto, este estudo justifica-se no sentido de ampliar o conhecimento sobre o tema e oferecer subsídios para os profissionais repensarem suas práticas, contribuindo para uma postura personalizada na atenção às adolescentes grávidas, respeitando as singularidades dessa fase, com o propósito de reconhecer fatores de risco físico, emocional e social como também criar relação de vínculo, assim influenciando na qualidade da assistência de enfermagem que lhe foi prestada.
Diante do exposto, a seguinte questão norteadora: qual a percepção dos enfermeiros da atenção básica sobre a assistência pré-natal direcionada às adolescentes grávidas? Para tanto, buscou-se como objetivo desse estudo; descrever a percepção dos enfermeiros da atenção básica sobre a assistência pré-natal direcionada às adolescentes grávidas.