Gerenciamento de Riscos: Atuação Interprofissional em Centro Cirúrgico

4 de setembro de 2023 por filipesoaresImprimir Imprimir

Analisa a atuação da equipe interprofissional de cirurgia na aplicabilidade do protocolo de cirurgia segura de um centro cirúrgico.


Este estudo tem por objeto de investigação a aplicabilidade do protocolo de cirurgia segura por profissionais que atuam em centro cirúrgico. Objetivo geral: Analisar a atuação da equipe interprofissional de cirurgia na aplicabilidade do protocolo de cirurgia segura de um centro cirúrgico. Os objetivos específicos foram: descrever a completude dos profissionais da equipe interprofissional da equipe interprofissional à aplicação do protocolo de cirurgia segura; conhecer as ações dos profissionais quanto ao gerenciamento de evento adverso no centro cirúrgico, tendo por base o protocolo de Cirurgia Segura da Organização Mundial da Saúde, e analisar a importância da aplicação do checklist de cirurgia segura sob a óptica dos profissionais.

Boas Práticas Para Segurança do Paciente em Centro Cirúrgico: Recomendações de Enfermeiros

Para a fundamentação teórica, utilizaram-se estudos sobre gestão de riscos, segurança do paciente, checklist de cirurgia segura e histórico e definição do centro cirúrgico. A metodologia é de natureza descritiva com abordagem qualitativa. O cenário foi um hospital geral público situado em uma cidade da Zona da Mata mineira. A pesquisa foi realizada em dois momentos: o primeiro foi uma busca nos prontuários de pacientes que foram submetidos a procedimentos cirúrgicos no período de outubro de 2013 a dezembro de 2015 para levantamento da adesão do preenchimento do protocolo de cirurgia segura e o segundo foi realizado através de um questionário semiestruturado, no período de março a maio de 2016, com 40 profissionais que exercem suas atividades laborais no centro cirúrgico.

Os dados encontrados foram elencados em quatro categorias temáticas: adesão dos profissionais que compõem a equipe de cirurgia à aplicação do protocolo de cirurgia segura foi possível estratificar o número de cirurgias realizadas trimestralmente, onde foram realizados 6.647 procedimentos cirúrgicos no período analisado e 5.912 impressos de protocolos de cirurgia segura foram preenchidos corretamente, o que equivale à média, nesse período analisado, de 90,2% de preenchimento correto do protocolo de cirurgia segura durante cada procedimento cirúrgico, entendimento do profissional sobre o evento adverso no centro cirúrgico percebe-se que havia o conhecimento sobre o termo evento adverso, porque os posicionamentos estavam em comum acordo com os princípios e diretrizes definidos pela organização mundial de saúde, porém em algumas respostas de alguns profissionais da categoria de medicina e técnico de enfermagem, escreveram mais exemplificando o conceito de evento adverso do que propriamente conceituou este termo.

Gerenciamento de Riscos

Risco, fato indesejável, prejuízo, falhas ou erro, impactos e danos para o paciente foram termos mencionados pelos participantes, mostrando esse conhecimento parcial acerca do conceito de evento adverso, ações tomadas para o gerenciamento de evento adverso no entendimento dos participantes, percebe-se que as ações tomadas em relação ao gerenciamento do evento adverso nesse cenário seriam como barreiras preventivas por meio da aplicação do checklist de cirurgia segura que inclui a diminuição da morbimortalidade de pacientes cirúrgicos. Além disso, dá às equipes cirúrgicas e aos administradores hospitalares orientações sobre a função de cada um e qual é o padrão de uma cirurgia segura, bem como oferece um instrumento de avaliação uniforme do serviço de vigilância. e a percepção dos profissionais quanto à aplicabilidade do checklist de cirurgia segura, onde nesta última categoria foi avaliado cada etapa do protocolo de cirurgia segura quanto ao grau de importância instituído no questionário foi de extremamente importante a sem importância e também nessa categoria foi apresentado algumas dificuldades elencadas pelos participantes, obtiveram-se respostas de: falta de participação da equipe, lista de verificação muito longa, falta de tempo para o preenchimento dos dados a serem checados, falta de treinamento para implementação do checklist.

Observou-se que as dificuldades apontadas circulavam entre enfermeiros, médicos e técnicos de enfermagem. Também se verificou que, entre os profissionais citados, as respostas indicavam não terem dificuldades, no entanto houve respondente (técnico de enfermagem) que mencionou o termo “preguiça” no preenchimento relacionado à parte da medicina. Considerou-se que é necessário investir em educação permanente, sobretudo para sanar as dificuldades no preenchimento do checklist.

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