“Eu Me Garanto”: Potencialidades e Fragilidades na Formação de Competências Entre Estudantes de Enfermagem

12 de janeiro de 2024 por filipesoaresImprimir Imprimir

Analisa as potencialidades e fragilidades na formação do enfermeiro na percepção dos discentes em um curso de graduação em Enfermagem.


A Enfermagem perpassou diversas condições históricas, culturais, sociais e políticas que a acompanharam até a atualidade. É notável sua evolução através dos tempos, afirmando-se como ciência, profissão, disciplina e arte. Desse modo, tem sido inadiável a necessidade de mudanças na formação profissional, favorecendo o desenvolvimento da disciplina enquanto ciência, mas também na utilização desse conhecimento para sua prática.

Foto: Governo do Acre.

Entendendo as exigências para avançar na formação do enfermeiro, no Brasil, foi aprovada a Resolução CNE/CES No. 03/2001 que instituiu as Diretrizes Nacionais para o Curso de Graduação em Enfermagem (DCN), com o objetivo de formar profissionais com os conhecimentos necessários para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais: atenção à saúde, tomada de decisões, administração e gerenciamento, comunicação, liderança e educação permanente. Capazes de impulsionar, no estudante e no profissional de enfermagem, o saber crítico, reflexivo, criativo, autônomo e permanente.
Dessa maneira, as Instituições de Ensino Superior (IES), que mantém cursos de graduação em enfermagem, têm cada vez mais reestruturado seus currículos para adoção de uma educação centrada no aluno, buscando articular teoria e prática na perspectiva de formar profissionais para lidar com situações reais. Para isso, têm incorporado estratégias pedagógicas ativas, que motivam reflexões e ações éticas para favorecer o protagonismo dos estudantes, preparando-os para o cotidiano de trabalho através do desenvolvimento de competências do futuro enfermeiro.
O conceito de competência é complexo, abrange saberes e está relacionado a capacidade de desempenhar com aptidão alguma determinada tarefa ou função. Para que haja competência, o exercício da enfermagem requer o desenvolvimento de várias capacidades integradas que envolvem conhecimentos, habilidades e atitudes. Nesse ponto, a formação em enfermagem deve ajudar o graduando a desenvolver uma conduta de análise e resolução de problemas, através do pensamento crítico sobre as situações com as quais podem ser confrontados.
Apesar das diversas mudanças ocorridas nas últimas décadas, muitos desafios precisam ser enfrentados e muitas questões ainda estão postas ao ensino de enfermeiros. As Instituições de Ensino Superior (IES) precisam revisar e reformular seus currículos com base na utilização de metodologias de ensino e aprendizagem para transformação dos serviços, que proporcionem vivências significativas no cotidiano do trabalho.
Nesse contexto, a formação profissional influencia diretamente na prática da profissão, reafirmando a necessidade de construir um sistema educacional que firme relação integrada entre as instituições de educação, serviços de saúde, comunidade e demais setores da sociedade. Recomendando a formação de futuros enfermeiros com conhecimento, habilidades e atitudes para atuar nos diversos serviços de atenção à saúde, especialmente no SUS.
Frente ao exposto e entendendo a necessidade de avançar na construção de currículos baseados em competências, para além de pensar novas práticas, há a necessidade de avaliar o processo de ensino-aprendizagem, quais ações apresentam bons resultados e quais precisam ser reavaliadas. Nesse sentido, elaborou-se a seguinte questão norteadora: qual a percepção do graduando em enfermagem sobre a sua formação, com ênfase nas fragilidades e potencialidades do ensino em curso?
O presente estudo objetivou analisar as potencialidades e fragilidades na formação do enfermeiro na percepção dos discentes em um curso de graduação em enfermagem.
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