Estudo Transversal Sobre Ausências de Pacientes Em Consultas Médicas Agendadas Em Ambulatórios de Hospital Terciário

25 de setembro de 2023 por filipesoaresImprimir Imprimir

Analisa variáveis relacionadas ao agendamento de consultas ambulatoriais que não se realizaram pela ausência dos pacientes.


No Sistema Único de Saúde (SUS), a integralidade do cuidado e a organização do serviço de saúde no país devem ser planejadas considerando os níveis de complexidade. Essa organização é orientada por diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica.

Foto: Internet.

Um dos princípios do SUS é a universalidade. A Atenção Básica é considerada a principal porta de entrada, com prestação de cuidados que vão desde a promoção até a reabilitação da saúde. Apesar de suas vantagens, observam-se dificuldades relacionadas ao acesso e às tecnologias. Apesar das dificuldades de acesso aos serviços especializados de saúde devido à carência de recursos, depara- -se, ainda, com o absenteísmo dos pacientes em consultas agendadas.
A falta às consultas médicas é um problema no país e no mundo. Ela interfere diretamente no planejamento do serviço, ocorrendo a necessidade de readequação de suas agendas. Tal fato aumenta ainda mais o aguardo por atendimento e afeta indiretamente os demais níveis de saúde, aumentando a demanda dos serviços de urgência e emergência, fato este percebido por profissionais que atendem nessa área. Influencia, também, o agendamento de outros pacientes.
Os serviços de saúde necessitam conhecer as demandas da sua população para o uso adequado dos recursos disponíveis. Existe um planejamento para atendimento que envolve recursos materiais e humanos, os quais são afetados pelas faltas dos usuários.

Ausências de Pacientes

Uma consulta agendada e não realizada em virtude da ausência do paciente, significa que recursos, considerados escassos, não sejam utilizados.
Assim, as faltas dos pacientes causam desperdícios financeiros à saúde, conforme apontado em estudo no estado do Espírito Santo e também na Espanha.
As taxas de absenteísmo em consultas são elevadas no país. No estado Espírito Santo, foi de 38,6%. Em algumas cidades do país, como Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul, atingiram 19,2%.
Em um hospital universitário da Argentina, o absenteísmo alcançou 25,4%. Na África do Sul, variou de 20 a 40%.
O impacto negativo que causa a ausência às consultas e os gastos com os envolvidos trazem, como consequência, a não resolução dos problemas de saúde e prejuízos à instituição e ao usuário. Ela acarreta desordens na organização do agendamento das consultas, dificultando o acompanhamento dos pacientes.
Para a adequada abordagem dessa problemática na gestão, deve-se conhecer os motivos das faltas dos pacientes e o funcionamento do serviço de saúde, desde o agendamento da consulta até questões particulares dos pacientes. O objetivo do estudo foi analisar as circunstâncias do agendamento dos usuários faltosos às consultas médicas em ambulatório de referência para o Sistema Único de Saúde.
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