Estressores Ocupacionais, Burnout, Suporte Laboral, Sintomatologia Depressiva e Ansiosa em Profissionais da Enfermagem

11 de março de 2021 por filipesoaresImprimir Imprimir

Analisa a literatura nacional acerca de estressores ocupacionais na área da Enfermagem.


Esta dissertação foi dividida em dois artigos. O primeiro se refere a um estudo, cujo objetivo geral foi analisar a literatura nacional acerca de estressores ocupacionais na área da enfermagem, nas bases de dados eletrônicas PePSIC e SciELO, entre 2008 e 2017.

Estressores Ocupacionais, Burnout, Suporte Laboral, Sintomatologia Depressiva e Ansiosa em Profissionais da Enfermagem

Estressores Ocupacionais, Burnout, Suporte Laboral, Sintomatologia Depressiva e Ansiosa em Profissionais da Enfermagem. Foto: Divulgação

Com base nos critérios de inclusão, 42 artigos foram analisados. Dos principais resultados, a maioria dos artigos investigou os estressores fazendo uso de amostras pequenas, com prevalência do gênero feminino, principalmente em adultos-jovens e adultos, de trabalhadores de hospitais gerais. A maioria dos artigos foram publicados em português, tendo profissionais da área de enfermagem e de psicologia como primeiros autores. A maior frequência de publicações foi em 2016, nos periódicos Revista Latino-Americana de Enfermagem e Revista da Escola de Enfermagem da USP. Também se analisou os construtos associados aos estressores nas pesquisas e observou-se que burnout e qualidade de vida no trabalho foram os mais frequentes.

Estressores ocupacionais

Os instrumentos mais utilizados para investigar os estressores ocupacionais foram a Job Stress Scale e a Escala de Estresse no Trabalho. O segundo artigo diz respeito a uma pesquisa empírica, cujo objetivo geral foi avaliar os estressores ocupacionais, sintomatologia depressiva, ansiedade cognitiva, percepção de suporte laboral e burnout a partir de variáveis sociodemográficas, em uma amostra de 584 trabalhadores da enfermagem do contexto hospitalar. Para a coleta de dados foram utilizados seis instrumentos: Ficha de dados sociodemográfico, Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho (EVENT), Escala Baptista de Depressão (EBADEP-A), Escala Cognitiva de Ansiedade (ECOGA), Escala de Suporte Laboral (ESUL) e a Escala Brasileira de Burnout (EBB).

Dos resultados, observou-se que fatores como idade e tempo (de trabalho na função e na instituição) elevam a percepção de estressores ocupacionais, aumentando a sintomatologia de ansiedade cognitiva, o que pode colocar o indivíduo em posição vulnerável ao adoecimento psíquico, implicando em prejuízos na dinâmica pessoal e organizacional.

Por fim, destaca-se a importância do desenvolvimento de mais pesquisas nesta temática, cujo delineamento consista em ampliar o conhecimento acerca do contexto ocupacional da enfermagem, explorando outras bases de dados, com outros períodos e palavras-chave e estudos com amostras maiores e que investiguem as associações entre os construtos.

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