Avalia o estresse percebido de familiares de pacientes em sala de espera de um Centro Cirúrgico e relacioná-lo com variáveis sociodemográficas.
A realização de procedimentos cirúrgicos se torna cada vez mais comum e necessária. Porém, mesmo que essa intervenção se torne habitual, ela é uma condição que possui riscos e pode contribuir para ocorrência de estresse, tanto para pacientes quanto para seus familiares. Todavia, muitas vezes, os familiares dos pacientes são esquecidos pela equipe de saúde.
O estresse é definido como qualquer evento que demande do ambiente externo ou interno, que taxe ou exceda a capacidade de adaptação de um indivíduo ou sistema social. A interação do indivíduo com o estressor é permeada pela interpretação e avaliação cognitiva individual, em nível primário e secundário; identificação das demandas; atribuição de significado ao estressor, que pode incluir ameaça, desafio ou ser irrelevante. Nesse momento o indivíduo opta pelo uso de estratégias de enfrentamento para melhor lidar com o estresse vivenciado.
O familiar que acompanha o paciente pode sentir-se estressado e esgotado física e emocionalmente, portanto, necessita igualmente ser assistido. Pacientes acolhidos por familiares referem menos sintomas de ansiedade do que os acompanhados somente por uma enfermeira ou sem receber acolhimento específico. Diante disso, é evidente que a ausência do acompanhamento familiar demanda maior suporte emocional pela equipe de enfermagem ao paciente, salientando a importância do cuidado extensivo a esse familiar.
A partir dessas considerações. Busca-se responder a seguinte questão: em quais níveis de estresse percebido se encontram os familiares de pacientes em sala de espera de um centro cirúrgico? Com vistas a responder a questão. Estabeleceu-se o seguinte objetivo: avaliar o estresse percebido de familiares de pacientes em sala de espera de um centro cirúrgico e identificar associações entre o estresse percebido e as variáveis sociodemográficas.