Enfermagem e Saúde Mental: Um Olhar Especial no Setembro Amarelo

9 de setembro de 2024 por filipesoaresImprimir Imprimir

Setembro Amarelo teve inicio em 2015 e é um convite a reflexão sobre suicídio.


O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária, câncer de mama – ou guerras e homicídios. As principais vítimas são os jovens de idade entre de 15 a 29 anos, trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.

​O Setembro Amarelo surgiu com a ideia de quebrar tabus, reduzir estigmas, estimular que as pessoas busquem e ofereçam ajuda. Desde 2015, quando ocorreu a primeira edição, ano a ano este movimento vem crescendo com mais pessoas reconhecendo que falar sobre suicídio é fundamental, mas exige cuidados. É nesse cenário que os profissionais da Enfermagem atuam como atores importantes na identificação de risco de suicídio, acolhimento humanizado a pacientes em sofrimento psiquiátrico. Além disso, podem desempenhar um papel-chave na coordenação do cuidado multidisciplinar, trabalhando em conjunto com outros profissionais.

Para os profissionais da área existe ainda, o programa Enfermagem Solidária, que promove apoio emocional com especialistas de Enfermagem em Saúde Mental Gratuito, pelo CofenPlay. Podem utilizar o serviço os profissionais e estudantes de enfermagem, além dos funcionários públicos que trabalham no Sitema Cofen/Conselhos Regionais. No CofenPlay basta clicar no banner do programa e depois escolher o dia e horário do atendimento.

Os atendimentos são conduzidos sob absoluto respeito à privacidade e a confidencialidade dos profissionais que buscam por ajuda. Além disso, o programa oferece a possibilidade de escolha anônima do profissional pelo qual deseja ser atendido, garantindo que preocupações e sentimentos pessoais possam ser compartilhados com confiança e discrição.

O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias, através do disque 188. Outra chance de buscar ajudar é através do SUS – O Sistema Único de Saúde (SUS)- que disponibiliza atendimento para pessoas em sofrimento psíquico por meio dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A assistência é prestada em diversos níveis de complexidade, com destaque para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), em suas várias modalidades, que são pontos estratégicos na RAPS. Esses serviços de saúde, de natureza comunitária e aberta, são compostos por equipes multiprofissionais que adotam uma abordagem interdisciplinar em seu atendimento.

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