Educação Em Saúde: Gerenciamento de Resíduos Hospitalares e Uso de Equipamentos de Proteção Individual

23 de setembro de 2024 por filipesoaresImprimir Imprimir

Desenvolve intervenção educativa sobre gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde e uso de equipamentos de proteção individual com profissionais de Enfermagem.


Os resíduos de serviços de saúde (RSS) decorrem do atendimento à saúde humana e animal, oriundos de hospitais, Unidades Básicas de Saúde, laboratórios, estabelecimentos com distribuição e manipulação de medicamentos, ou similares, passíveis de contaminação, prejuízos e/ou riscos à saúde.

Fonte: Portal Acreditar – Consultoria Laboratorial.

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) cerca de 79,06 milhões de toneladas de lixo sólido foram produzidas no Brasil, e deste, 252.948 toneladas foram RSS, sendo que 36% dos municípios brasileiros não declaram a disposição final deles, os quais apresentam, em parte, necessidade de tratamento e processamento especial. Apesar de proporcionalmente representarem uma pequena parcela da totalidade de resíduos gerados, apresentam risco eminente por serem fontes potenciais de disseminação de doenças, risco aos profissionais dos serviços de saúde e à comunidade em geral, quando gerenciados de forma negligente e/ou inapropriada.
Os RSS são diversos, classificados em cinco grupos: A – para os biológicos, B – químicos, C – radioativos, D – para os semelhantes aos domésticos e E – perfurocortantes. Os riscos envolvidos variam segundo a classificação, capacidade de infecção, potencial de virulência, poder de corrosão, reatividade e inflamabilidade (A e B), até riscos relativos à exposição à radioatividade, e cortes ou perfurações (C e E).
São gerenciados em etapas, que incluem a segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, armazenamento externo, coleta e transporte externos, e disposição final. Tais etapas objetivam minimizar a produção de RSS, assegurando que sejam encaminhados de forma segura, garantam proteção aos trabalhadores e preservação ambiental.(4) Os profissionais devem, então, atentar-se aos resíduos gerados durante suas atividades laborais, no entanto, destacam-se carência de formação, além da incipiência em estudos e investimento em pesquisa relacionadas a temática.
É válido considerar também os processos de trabalho, a exemplo da enfermagem, que na execução dos cuidados estão expostos a riscos, seja na manipulação ou descarte de RSS, com potencial risco de contaminação/exposição a depender do grupo que pertençam.
Neste contexto, o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) auxilia na proteção da integridade física dos profissionais durante o manejo instrumental no trabalho, tendo em vista a periculosidade durante a geração e a segregação de determinados resíduos. Assim, o ambiente de trabalho expõe os trabalhadores a perigos, que devem ser minimizados ou eliminados, com a utilização correta de EPIs.
Considerando o intuito da Educação Permanente em Saúde (EPS), que se fundamenta em educar “no” e “para” o trabalho, as atividades educativas direcionadas aos profissionais de enfermagem que geram, manipulam e segregam os RSS são substanciais. Estratégias baseadas em EPS, por meio de capacitações/treinamentos, apropria os profissionais de conhecimento/consciência ambiental, assim como os torna aptos para a identificação dos riscos e a utilização adequada de EPIs, despertando sentimentos de compromisso e responsabilidade com a própria segurança.
Assim o objetivo deste estudo foi desenvolver intervenção educativa sobre Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (GRSS) e uso de equipamentos de proteção individual com profissionais de enfermagem.
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