O câncer de colo uterino (CCU) constitui um grande desafio para a saúde pública mundial, especialmente nos países em desenvolvimentos, que são responsáveis por 87% dos casos. No Brasil, é a terceira neoplasia maligna mais comum entre as mulheres e a quarta causa de morte nesta população. Dentre todos os tipos de câncer, o CCU é o que apresenta maior potencial de prevenção e cura quando descoberto precocemente.

Detecção Precoce e Prevenção do Câncer de Colo Uterino: Saberes e Práticas Educativas.

O principal fator de risco para o desenvolvimento de lesões intraepiteliais de alto grau, lesões precursoras do câncer do colo do útero é a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV).

A evolução da doença é lenta. Com fases bem definidas e a facilidade de detecção das alterações no colo do útero contribuem para o bom prognóstico em relação à doença.

O Brasil é um dos pioneiros na introdução do Exame de Papanicolaou (EP). Contudo ainda se nota uma baixa realização do exame. As evidências da falta de adesão ao EP são a pouca procura das mulheres pelos serviços de atenção primária associada à precariedade de informações recebidas sobre o CCU e da técnica utilizada. Além dos sentimentos de medo. Vergonha e constrangimento.

A prevenção e tratamento do CCU podem ser desenvolvidas por práticas assistenciais educativa. Por meio de mensagens claras. Objetivas e de fácil linguagem. De acordo com os padrões culturais da sociedade. Assim, os serviços de atenção primária devem conhecer a população de sua área de abrangência para identificação dos motivos de falta no EP e também investigar o conhecimento e importância atribuída pelas mulheres referentes à prevenção do CCU.

Dado o exposto. Tem-se como objetivo apreender os saberes e práticas de mulheres sobre a prevenção do câncer de colo uterino por meio do EP.