Depressão: Quando Saber Falar e Ouvir Inspira a Vida

21 de junho de 2021 por filipesoaresImprimir Imprimir

Um guia para quem também concorda que empatia e acolhimento podem salvar vidas e tornar a sociedade mais humana.


Dar o primeiro passo nunca é fácil para quem tem depressão. A conversa pode ser ensaiada inúmeras vezes dentro da mente, mas, no fim das contas, acaba sendo adiada. No começo, os sentimentos ruins vão e voltam; momentos bons até aparecem, mas os dias ruins prevalecem. Às vezes, há um sentimento de culpa, ou falta prazer naquela atividade que antes era divertida.

Um guia para quem também concorda que empatia e acolhimento podem salvar vidas e tornar a sociedade mais humana.

Um guia para quem também concorda que empatia e acolhimento podem salvar vidas e tornar a sociedade mais humana.

O sono fica instável: algumas pessoas passam noites em claro, outras dormem demais. Quase sempre, faltam disposição, motivação, energia. E, com esse turbilhão interno, não é mesmo simples falar sobre isso ou pedir ajuda.

Depressão

Para quem nunca teve depressão, é difícil entender o que acontece com quem sofre com a doença. Segundo os manuais médicos, o transtorno tem uma vasta gama de sintomas. Sentir-se deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, é um sinal de alerta. A falta de interesse ou de prazer em todas (ou quase todas) as atividades, também.

A depressão está longe de ser frescura, exagero ou falta de força de vontade. Quem sofre com ela não se faz de vítima e não consegue, simplesmente, “dar uma animada” por conta própria. Essas concepções, aliás, fazem parte de uma mentalidade construída ao longo de décadas e reforçam o estigma em torno da saúde mental, muitas vezes decorrente da falta de entendimento correto da doença. Com medo do julgamento, de ser um fardo ou de não ser acolhida, a pessoa com depressão não inicia a conversa. Seu pedido de ajuda nem sempre é óbvio.

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