Depressão: Clínica, Crítica e Ética

3 de agosto de 2017 por filipesoaresImprimir Imprimir


Das dificuldades, queixas e sintomas que levam as pessoas a demandarem um tratamento psíquico a indicação é aqui incluída no tratamento psicanalítico, psiquiátrico e psicoterápico. A relevância que esta última categoria de classificação de doenças adquiriu pode ser evidenciada bem como de forma científica quanto leiga. Dessa forma através de indicadores diversos tipos de problemas. Desde já os numerosos estudos atestando sua ocorrência nas mais diversas populações e situações como crianças, adolescentes, idosos, pacientes ambulatoriais, internados em clínicas psiquiátricas, etc. Mesmo em internações e tratamentos por outras diversas especialidades médicas, quanto pesquisas de opinião.

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Conceito e Abordagem da Depressão

Ao lado de um triunfalismo midiático enaltecedor da neuroquímica e farmacologia, na prática assistencial verifica-se, tanto da parte da psiquiatria quanto da psicanálise. As dificuldades no tratamento dos pacientes em quem é feito um diagnóstico de depressão.

A queixa de fadiga, tão comum na depressão, oferece um exemplo elucidativo. Embora se saiba que a fadiga muscular se manifesta como distinta da fadiga de ser si nem sempre clinicamente se consegue esclarecê-la e resolvê-la. Dessa forma principalmente quando a demanda de não sofrer e as queixas que emergem dizem respeito a algo que avalize uma posição de demissão subjetiva. Igualmente a não se fazer frente ao imperioso dever que a exigência de trabalho psíquico representa.

Nesse documento foi examinado a contribuição que se pode obter na obra de Freud ao esclarecimento da depressão. O referencial freudiano, base para minha argumentação, será cotejado com o que Abraham, Melanie Klein e Lacan introduzem, permitindo precisar, aprimorar e ampliar o ponto de apoio conceitual da minha abordagem. Por fim, chegarei às questões que dizem respeito ao tratamento psicanalítico desses pacientes.

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