Tecnologia Educacional Para Orientação de Idosos nos Cuidados com a Fístula Arteriovenosa

26 de maio de 2020 por Joyce GomesImprimir Imprimir

Desenvolvimento de atividade educativa na orientação dos cuidados com a fístula arteriovenosa, a partir das demandas de idosos com doença renal crônica em hemodiálise.


Dados do Inquérito Brasileiro de Diálise Crônica, realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, em 2017, estimaram o número de pacientes em diálise crônica em 126.583. Dos pacientes prevalentes, 93,1% estavam em hemodiálise e 6,9% em diálise peritoneal, com 31.226 (24%) em fila de espera para transplante.

Cuidados com a Fístula Arteriovenosa

As causas primárias mais frequentes da Doença Renal Crônica (DRC) terminal foram hipertensão arterial (34%) e diabetes mellitus (31%), com taxa de mortalidade bruta de 19,9%, sendo considerada a nova epidemia do século XXI. Com o aumento da expectativa de vida, observa-se progressiva incidência de pacientes idosos com DRC em terapia renal substitutiva (TRS).

Cuidados com a Fístula Arteriovenosa

Considera-se que as terapias renais substitutivas não chegam a substituir integralmente a função renal. Mas representam possibilidade de manter a vida, permitindo que o paciente retorne às atividades cotidianas. As modalidades mais comuns são: hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal. A hemodiálise consiste em uma vinculação do paciente à máquina, endovenosamente, por um período de aproximadamente quatro horas, de três a quatro vezes por semana, em um serviço especializado. Dentre os acessos vasculares para realizar a hemodiálise. A Fístula Arteriovenosa (FAV) é  considerada o acesso ideal, com menor risco de complicação quando comparada aos cateteres venosos centrais.

No entanto, a disfunção da FAV é uma das causas mais importantes de morbimortalidade em pacientes em hemodiálise, contribuindo para até um terço das internações e representando uma parcela significativa dos custos com a saúde desses pacientes. Portanto dessa forma, as atividades educativas devem ser planejadas e executadas continuamente pelo enfermeiro, incluindo o treinamento para o autocuidado dos pacientes e  familiares/ cuidadores a fim de prevenir complicações.

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