O Cuidado da Enfermeira na Consulta Pré-natal

1 de setembro de 2021 por filipesoaresImprimir Imprimir

Apresenta de forma sistematizada as dimensões do cuidado prestado pela enfermeira na consulta de pré-natal.


A dissertação abaixo tem o objetivo de apresentar de forma sistematizada, à luz de Wanda de Aguiar Horta, as dimensões do cuidado prestado pela enfermeira na consulta de pré-natal, em um Município de Santa Catarina, Brasil e identificar as características das enfermeiras e suas atividades na consulta de pré-natal.

O Cuidado da Enfermeira na Consulta Pré-natal

O Cuidado da Enfermeira na Consulta Pré-natal. Foto: Divulgação

A enfermeira na consulta de pré-natal

Trata-se de um estudo descritivo exploratório realizado em um município de médio porte no Estado de Santa Catarina. Dois grupos participaram da pesquisa. O primeiro composto por 7 enfermeiras, integrantes da Equipe de Estratégia de Saúde da Família, localizadas em 4 unidades básicas de saúde que realizaram consulta de pré-natal de gestantes de risco habitual no ano de 2014. O segundo, composto por 29 gestantes, que foram atendidas nas mesmas unidades básicas de saúde, que iniciaram e finalizaram o acompanhamento pré-natal em 2014, foram classificadas como de risco habitual e que tiveram ao menos uma consulta com a enfermeira em cada trimestre gestacional. Os dados foram coletados com um instrumento para cada grupo participante da pesquisa. Para análise foi utilizado o Software Excel versão 2007 e realizado estatística descritiva através de frequência relativa e absoluta.

São apresentados em dois manuscritos. No primeiro, as enfermeiras em sua maioria, 86% são do sexo feminino, recebem remuneração mensal acima de 4.000 reais e exercem suas atividades por meio contrato de trabalho por regime celetista. Na atenção ao pré-natal realizam consultas de enfermagem, grupos de educação em saúde e visitas domiciliares. Possuem ao menos um título de especialização e 29% com mestrado. Sua experiência em saúde materna está voltada à atenção primária à saúde, e 14% em maternidade. No segundo manuscrito, apresenta-se a média de idade das gestantes que foi de 25,2 anos. Referente à história gestacional anterior, 55% das mulheres tiveram ao menos uma gestação anterior, totalizando, 27 (67%) partos vaginais, 3 (8%) cesáreas e 10 (25%) abortos. A necessidade terapêutica obteve maior frequência de registros se comparado às demais necessidades. Em relação a necessidade de sexualidade, não foram identificados registros nos três trimestres gestacionais. As demais necessidades tiveram frequências variáveis de registros ao longo dos três trimestres gestacionais.

Conclusões do estudo

A enfermeira é estratégica na atenção à saúde das gestantes na APS. São em sua maioria mulheres, casadas e com salário correspondente ao mercado de trabalho brasileiro. Estas realizam a consulta pré-natal, visitas domiciliares e grupos de educação em saúde. Exerce sua autonomia técnica utilizando informações, realizando prescrições, procedimentos, orientações e avaliações. Contudo, a observação da falta de registro possibilita subentender que as gestantes não foram atendidas em todas as suas necessidades humanas básicas, sendo com maior frequência, cuidadas em sua necessidade terapêutica. O estudo exploratório realizado tem como uma limitação a impossibilidade de comparabilidade, contudo é indicativo para outros estudos e oportuniza a utilização de uma teoria a partir da realidade brasileira com exploração de sua aplicação na consulta de pré-natal.

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