Avaliação da Implementação do Processo de Enfermagem Em Um Hospital Universitário

8 de julho de 2022 por filipesoaresImprimir Imprimir

Avalia a implementação do processo de enfermagem em um hospital universitário.


As primeiras iniciativas de implementação da sistematização da assistência por meio do Processo de Enfermagem (PE) em organizações públicas e na graduação brasileira, sucedem-se ao final da década de 1970 e início de 1980 por Wanda de Aguiar Horta, modelo teórico mais reconhecido e utilizado na prática clínica do enfermeiro. Porém, todas as Teorias de Enfermagem têm por finalidade uma assistência sistematizada, planejada, organizada, ao mesmo tempo em que todas as ações realizadas necessitam ser registradas no prontuário do paciente.

Avaliação da Implementação do Processo de Enfermagem Em Um Hospital Universitário

Avaliação da Implementação do Processo de Enfermagem Em Um Hospital Universitário. Foto: Divulgação.

A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é considerada um método científico que direciona as práticas de enfermagem, com a finalidade de assegurar cientificamente, a melhor conduta e estimular a qualidade da gestão da assistência.

Deste modo, para sua efetiva implementação torna-se necessária a fundamentação teórica, habilidade prática e interativa, bem como, o desenvolvimento e aprimoramento de competências para a realização de forma contínua do cuidado em saúde, permitindo reconhecer, assimilar e caracterizar as necessidades do paciente, família ou coletividade.

A Resolução nº 358 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) dispõe que o PE e a SAE devem ser implementadas de modo deliberado e sistematizado, em todos os serviços públicos ou privados, em que ocorra a assistência de enfermagem. Ademais, esclarece que a sistematização e documentação do PE contribuem para o reconhecimento da enfermagem na atenção à saúde.

Etapas do processo de Enfermagem

O PE organiza-se em etapas específicas e inter-relacionadas, a saber: histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, plano assistencial, prescrição de enfermagem, evolução de enfermagem e prognóstico de enfermagem, competência privativa do enfermeiro acerca das respostas do indivíduo, família ou coletividade em um dado momento do processo saúde e doença.

Desde 2008 o hospital pesquisado vem desenvolvendo um projeto de extensão de caráter permanente para a implantação do PE, com a participação de enfermeiros, técnicos/auxiliares de enfermagem e docentes do curso de Enfermagem. O projeto foi desenvolvido por meio de reuniões e decisões coletivas, optando pela utilização das Teorias de Wanda de Aguiar Horta e Dorothea Orem.

Progressivamente, as etapas do PE foram sendo implementadas em nível de Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), por meio do sistema TASY®, porém percebeu-se que algumas das fases do processo tornaram-se inviáveis, considerando o tempo dispendido para o preenchimento de todos os campos no sistema, a complexidade dos pacientes atendidos e, a quantidade de profissionais enfermeiros existentes naquele momento.

Destarte, houve a necessidade de reestruturar todo o processo já iniciado, com a readequação da proposta, ou seja, o exame físico do paciente que antes estava focado nos principais Sistemas do Corpo Humano, baseou-se nas Necessidades Humanas Básicas da Teoria de Wanda Horta, nos 13 Domínios e nas 47 Classes da NANDA-I, tornando a proposta mais coerente com o perfil do nosocômio e acima de tudo, evidenciando efetivamente o uso de uma Teoria de Enfermagem na prática assistencial, associado à Taxonomia dos Diagnósticos de Enfermagem (DE).

Partindo desta realidade, o presente estudo tem como propósito avaliar a implementação do PE em um hospital universitário, em todos os setores assistenciais envolvidos na proposta, para obter informações acerca do cumprimento das normativas vigentes em relação a sua realização de modo deliberado e sistemático.

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