26 de setembro de 2022 por filipesoares
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Conhece a atuação da equipe de cuidados paliativos frente a pacientes com a Covid-19.
No final de 2019, os primeiros casos da COVID-19 foram notificados na cidade de Wuhan, na China. No Brasil, o primeiro caso foi notificado em fevereiro de 2020 no estado de São Paulo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como uma pandemia em 11 de março de 2020 e, desde então, ocasionou milhões de mortes em todo o mundo e superlotou serviços de saúde. Os pacientes geralmente desenvolvem sintomas inespecíficos como coriza, dor abdominal, febre, calafrios, cefaleia, mialgia, diarreia, anosmia e agnosia, que podem evoluir com piora, gerando a necessidade de internação hospitalar.
Atuação da Equipe de Cuidados Paliativos Frente a Pacientes Com a Covid-19. Foto: Divulgação.
Desse modo, em um significativo número de pacientes com a COVID-19, ocorre ainda a possibilidade de deterioração e, até a morte, tornando as discussões sobre a abordagem paliativa de grande relevância nesse contexto de pandemia, onde há a necessidade de que, em determinados estágios da doença, sejam realizadas conversas com os familiares acerca da realidade, visando um melhor cenário de cuidados de fim de vida, preservando os valores de todos os indivíduos.
A abordagem de cuidados paliativos busca promover uma assistência que envolve as múltiplas dimensões dos indivíduos, com intuito de respeitar a vida e a sua dignidade. Assim, procura contribuir para a humanização do cuidado a pacientes e seus familiares.
Logo, diante da pandemia COVID-19, a força de trabalho da equipe de cuidados paliativos fortalece a resiliência do sistema de saúde frente a atual crise nas instituições públicas e privadas, por meio do fornecimento de serviços especializados relativos ao gerenciamento de sintomas, ética e tomada de decisão, comunicação e cuidado no momento da morte.
Pode-se compreender cuidados paliativos como uma conduta que visa a melhora da qualidade de vida de pacientes com possibilidade ou não de tratamentos modificadores da doença, tendo a visão de que a morte é um processo natural e não há intenção de antecipar ou postergar esse momento. Esse cuidado inicia-se desde o diagnóstico até o processo de luto, permeando a prevenção de agravos, avaliação, alívio de sintomas físicos como a dor e de aspecto biopsicossocioespiritual. Além disso, busca ainda resolver conflitos que possam impedir o estado de paz do indivíduo e trabalha o processo de luto com a família.
Nesse sentido, à medida que a pandemia evoluiu, as ações da equipe de cuidados paliativos ganharam mais visibilidade em situações que envolvem o suporte familiar, a assistência humanizada e a preparação do luto. Em vista dessa realidade, essa abordagem precisa ser implementada, visando a elaboração de estratégias e habilidades inovadoras que atendam às necessidades dos pacientes com a COVID-19 e de suas famílias.
De acordo com as atuais recomendações clínicas para o manejo da COVID-19 pela OMS, o acesso aos cuidados paliativos deve estar disponível em todas as instituições que têm atuado com pacientes acometidos com essa doença. Logo, em busca de contribuir com as discussões nesse cenário, na medida em que a pandemia ainda tem gerado dúvidas e incertezas, por tratar-se de uma doença nova no mundo, a presente pesquisa objetivou conhecer a atuação da equipe de cuidados paliativos frente a pacientes com a COVID-19.
