Atuação do Enfermeiro na Detecção Precoce do Câncer de Pele

8 de dezembro de 2023 por filipesoaresImprimir Imprimir

Analisa a produção científica, na área da Enfermagem, em relação à detecção precoce do câncer de pele.


O câncer de pele é considerado um dos mais comuns no mundo. No Brasil é o mais frequente e o mais incidente em todas as regiões. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimou, para o ano de 2017, a ocorrência de 178 mil novos casos de câncer de pele.

Foto: Câmara Municipal de Fortaleza.

O câncer de pele pode ser dividido basicamente em dois tipos: melanoma e não melanoma. Este último subdivide-se em carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. O tipo não melanoma tem origem nas células basais ou escamosas da pele, e é o mais comum na população. Geralmente é de bom prognóstico e passível de cura, quando tratado em tempo oportuno, porém, quando descoberto tardiamente, pode ocasionar ulcerações e deformidades graves na pele. O melanoma tem sua origem nos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina – substâncias que dão pigmentação à pele. Esse tipo de câncer é menos frequente que os outros e pode apresentar-se na forma localizada ou metastática, sendo esta a mais grave e responsável por alta taxa de letalidade.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele são: envelhecimento, exposição prolongada ao sol, possuir pele e olhos claros e muitos nevos (pintas) pelo corpo.
Devido à sua alta incidência, o câncer de pele é considerado mundialmente como um importante problema de saúde pública. O que ratifica a necessidade de medidas de controle efetivas para essa doença, buscando diminuir o impacto que causa na qualidade de vida da população.
As principais ações para o controle do câncer de pele concentram-se na prevenção e na detecção precoce. A prevenção deve ser feita, principalmente, por meio da foto proteção, sendo recomendada a utilização de chapéu e protetor solar diariamente. Também se deve evitar a exposição à radiação artificial ultravioleta encontrada no processo de bronzeamento artificial5 . Além disso, deve-se focar na diminuição de fatores de risco relacionados ao ambiente e à ocupação dos indivíduos, como a exposição a compostos químicos, tais como agrotóxicos, carvão e outros, e exposição prolongada aos raios ultravioletas.
O termo detecção precoce do câncer abrange estratégias de rastreamento e diagnóstico precoce. O rastreamento é uma ação de saúde pública. Seu objetivo é detectar doenças em pessoas aparentemente assintomáticas. Já o diagnóstico precoce é uma ação voltada para pessoas que apresentam sinais e sintomas iniciais da doença. Para o câncer de pele, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, como principal estratégia, o diagnóstico precoce aliado ao acesso ao tratamento em tempo oportuno.
No Sistema Único de Saúde, compete à Atenção Primária (APS) as ações de diagnóstico precoce. Por ser considerada a porta de entrada preferencial do sistema de saúde, tem maior chance de captar precocemente os indivíduos com lesões suspeitas desse câncer.
O processo de trabalho dentro da APS é desenvolvido por uma equipe multidisciplinar que realiza acompanhamento prolongado da população sob seus cuidados. Essa equipe conta com ativa participação do enfermeiro, que realiza, entre outras ações, consulta de enfermagem e atividades de educação em saúde. O profissional enfermeiro é um importante ator na detecção precoce do câncer de pele, uma vez que está inserido diretamente nos espaços de cuidado, atuando na prevenção e assistência dos usuários nos diversos pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS).
Nesse sentido, torna-se necessário que o enfermeiro esteja apto a reconhecer e a ensinar à população os principais sinais e sintomas desse tumor, a fim de possibilitar o reconhecimento dessas lesões, além de possibilitar a identificação dos casos suspeitos o mais precocemente possível.
Este estudo objetivou analisar a produção científica, na área da enfermagem, em relação à detecção precoce do câncer de pele.
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