Conhece as evidências científicas que embasam a assistência prestada por enfermeiros a pacientes com dor lombar.
A dor lombar é um sintoma muito comum. Ocorre, em países de alta, média e baixa renda, em todas as faixas etárias, desde crianças até idosos. Globalmente, os anos vividos com as limitações causadas pela dor lombar aumentaram em 54% entre 1990 e 2015, principalmente devido ao envelhecimento populacional, com maiores altas nos países de baixa e média renda. Na atualidade, a dor lombar crônica é considerada a causa número um de incapacidade no mundo (aumenta com a idade), e de afastamentos do trabalho.
No Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2013, revelam a prevalência de 18,5% de queixas relacionadas a problemas crônicos de coluna. Segundo os dados da pesquisa por estado, o Rio Grande do Sul foi o que apresentou proporcionalmente mais casos de dor crônica na coluna, com média de 22% da população. Dentre os respondentes que possuíam problema crônico de coluna, 17,1% referiram grau intenso ou muito intenso de limitações nas atividades habituais devido a essa queixa.
A dor lombar é classificada em aguda, subaguda e crônica quando a duração do episódio, respectivamente, é inferior a 6 semanas, dura 6-12 semanas e é superior a 3 meses. Também se classifica em específica e não específica. A primeira tem sintomas causados por mecanismo patofisiológico diagnosticado, tal como: hérnia de disco com comprometimento da raiz nervosa, distúrbio inflamatório, infecção, osteoporose, artrite reumatoide, fratura ou tumor. A segunda tem sintomas sem causa claramente definida, acometendo 90% de todos os pacientes com dor lombar. Seu diagnóstico é feito por exclusão de patologia específica.
A avaliação e o alívio da dor são processos que necessitam de competência e de trabalho em equipe para promoção de cuidados eficazes e individualizados ao paciente e família. Os enfermeiros deparam-se constantemente com múltiplas situações de doença em que a dor é uma resposta frequente. O controle inadequado desse sintoma poderá influenciar no sucesso do tratamento e na transição do estado saúde doença, pelo sofrimento provocado, tendo um impacto negativo na vida da pessoa. No âmbito de competência, no domínio da prática profissional, ética e legal, e no desenvolvimento da profissão, o enfermeiro toma por foco de atenção a pessoa com dor contribuindo para a satisfação, o bem-estar e o autocuidado. Enquanto profissionais privilegiados pela proximidade e tempo de contato com o doente, os enfermeiros encontram-se numa posição relevante para promover e intervir no controle da dor.
Nesse contexto surge a seguinte questão de pesquisa: “Quais são as evidências científicas da assistência prestada por enfermeiros a pacientes com dor lombar?” O presente estudo tem a proposta de contribuir com o saber em enfermagem demonstrando quais são as evidências científicas que fundamentam o cuidado prestado por enfermeiros a pessoas com dor lombar.