Assistência de Enfermagem em Ambiente Prisional e Exposição Ocupacional à Tuberculose e ao HIV

24 de fevereiro de 2022 por filipesoaresImprimir Imprimir

Descreve medidas de prevenção e entraves à redução da exposição ocupacional a infecções por tuberculose e pelo vírus HIV, na perspectiva da Assistência de Enfermagem em Ambiente Prisional.


A tuberculose (TB) e a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) estão entre as condições que mais afetam a saúde da população prisional brasileira. Contribuem para essa realidade as más condições de vida dentro e fora das prisões e fatores de risco como baixa escolaridade, uso de drogas ilícitas injetáveis, relações sexuais desprotegidas e outros.

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Assistência de Enfermagem em Ambiente Prisional e Exposição Ocupacional à Tuberculose e ao HIV. Foto: Divulgação.

Em se tratando de doenças transmissíveis, é certo que a ocorrência da TB e do HIV em prisões representa perigo não apenas para as pessoas privadas de liberdade, mas para outros membros da comunidade prisional como familiares, profissionais de segurança e profissionais de saúde, com destaque para os profissionais de enfermagem, que são trabalhadores de saúde fundamentais nas prisões brasileiras que, pela natureza do cuidado prestado, estão mais expostos aos riscos ocupacionais específicos existentes nesses espaços.

A prática cotidiana do cuidado de enfermagem nas prisões implica na realização de consultas, orientações e procedimentos técnicos como administração de medicamentos, aplicação de vacinas e coleta de amostras biológicas para exames laboratoriais, que somados às deficiências estruturais do ambiente prisional elevam a exposição de enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem à ocorrência de infecções ocupacionais por TB e HIV.

Assistência de Enfermagem em Ambiente Prisional

As prisões são ambientes ainda pouco conhecidos, onde os serviços de enfermagem ocorrem de modo singular. A maioria dos estudos disponíveis trata sobre a assistência à saúde da população prisional sem, no entanto, aprofundar o conhecimento sobre a exposição ocupacional dos profissionais de enfermagem a agravos infecciosos como a TB e o HIV. Nessa perspectiva, questionamos: quais medidas de prevenção à infecção ocupacional por TB e HIV são adotadas por profissionais de enfermagem em unidades de saúde prisionais? Quais entraves a essa prevenção são identificados nesses espaços?

Objetivou-se com este estudo descrever medidas de prevenção e entraves à redução da exposição ocupacional a infecções por TB e HIV em unidades de saúde prisionais, na perspectiva de profissionais de enfermagem.

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