Amália: Uma Gigante da Enfermagem Brasileira

20 de maio de 2020 por filipesoaresImprimir Imprimir

Descreve a vida profissional de Amália Correa de Carvalho, pioneira da Enfermagem brasileira.


Amália Corrêa de Carvalho, filha de Pedro Corrêa de Carvalho e Elza Morandini de Carvalho, nasceu no dia 20 de março de 1918, na cidade de Ribeirão Preto, onde também faleceu em 2011, aos 93 anos de idade. O casal teve os filhos Augusta, Mariana, Anayde, Amália, Manoel, Maria e Pedro. Depois de quatro filhas. Amália, assim como todas as irmãs, estudou no Colégio Santa Úrsula. Fazendo o curso Normal, para formação de professora primária, o único considerado adequado para as moças da época. Assim fez depois o curso de Biblioteconomia, na Escola de Sociologia e Política, formando-se em dezembro de 1943, quando já havia iniciado o curso de enfermagem.

Amália

Atuação em órgãos de classe

Inspirada por Da. Edith, além das funções regulares na EEUSP. Amália passou a desenvolver outras atividades, particularmente na Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn). Onde desempenhou inúmeras funções, culminando com a presidência da entidade por dois mandatos de 1968 a 1970 e de 1970 a 1972. Portanto foi um período particularmente difícil, pois a ABEn havia recebido prazo para construir a sede própria em Brasília. Sob o risco do terreno ser retomado pelo governo. Foi durante os quatro anos de seu mandato que a sede de mil metros quadrados, em um terreno de cinco mil metros quadrados, foi construída a duras penas, pois como sempre, os recursos da ABEn eram muito escassos e os prazos estavam esgotados. Contudo como bem relembra Ir. Maria Tereza Notarnicola, tesoureira da ABEn. Foi quase um milagre ter conseguido terminar a obra, com campanhas, rifas, chás beneficentes, e até ajuda financeira das próprias irmãs da presidente, Anayde e Mariana.

Foi também Amália que deu prosseguimento aos dados colhidos no Levantamento de Recursos e Necessidades da Enfermagem no Brasil (1956-58), como presidente da Comissão de Seguimento desse Levantamento, mais uma vez com auxílio da Fundação Rockefeller. Esgotados os recursos, a ABEn precisou assumir a continuidade dessa coleta de dados, o que foi feito por vários anos. Assim, em julho de 1963, essa Comissão desapareceu, surgindo em seu lugar na modalidade de especial, a Comissão de Documentação, posteriormente chamada de Documentação e Estudos e depois de Atividades Científicas e Documentação. Com a criação do Conselho Federal de Enfermagem, em 1973, essa autarquia assumiu a coleta de dados, pois tinha poderes e recursos para tal.

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