Compreende o papel que a mídia exerce e pode exercer em suas coberturas sobre os impactos causados pela inescapável presença do Aedes aegypti em nossas vidas.
Este livro, que chega às suas mãos em versão digital. Dá início a uma série de publicações de textos extraídos das apresentações e reflexões elaboradas pelos autores convidados dos seminários As Relações da Saúde Pública com a Imprensa (RSPI), que, em 2017, teve sua primeira edição internacional. Nossa intenção é aprofundar o debate sobre as possibilidades e as responsabilidades de todos os atores envolvidos na difícil — porém necessária — tarefa de fazer saúde em todas as suas dimensões. Sejam elas práticas. Sejam elas simbólicas.
Neste número inaugural. Trazemos os olhares de um amplo leque de atores. Que nos ajudam a compreender que papel a mídia exerce e pode exercer em suas coberturas sobre os impactos causados pela inescapável presença do Aedes aegypti em nossas vidas. Autores brasileiros e de outros países narram experiências e fazem reflexões sobre de que forma a população deve ser mobilizada a agir em prol de sua própria saúde sem abrir mão da responsabilidade e presença do Estado na edificação de políticas e ações que garantam as condições adequadas para a saúde de todos.
A trajetória dos seminários RSPI tem seu ponto de partida em 2008, quando o Distrito Federal viveu meses nebulosos de informações e desinformações sobre uma possível epidemia de febre amarela. Naquela época. Em que as mídias sociais ainda não pautavam o cotidiano das pessoas com a mesma intensidade com que o fazem hoje. A mídia tradicional exercia a centralidade na construção dos sentidos sobre saúde e sobre doença. Fato é que uma sensação muito próxima ao pânico se estabeleceu na capital do Brasil. Fazendo com que pessoas corressem aos postos de saúde nem sempre para se vacinar, mas, em muitos casos, se re-vacinar.
E foi aí que a Fiocruz Brasília. Por meio de sua Assessoria de Comunicação. Se viu instada a agir no sentido de estabelecer pontes entre agentes públicos estratégicos e promover reflexões sobre como imprensa e saúde pública podem interagir para assegurar o bem da sociedade. Assim, no auditório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Especialistas da área da saúde. Jornalistas e analistas da imprensa se aprofundaram, ao longo de apenas uma manhã, nas questões mais marcantes da relação saúde pública e imprensa. Daí em diante, ficava evidente a necessidade de discussão perene que o tema requeria.