O Aleitamento Materno é uma prática que proporciona muitos benefícios para o binômio mãe-filho e precisa ser cada vez mais orientado, principalmente durante a gestação.
O Aleitamento Materno (AM) é uma prática que proporciona benefícios tanto para a mãe quanto para a criança e precisa ser cada vez mais orientado, principalmente durante a gestação, uma vez que é por meio da amamentação que se cria condições para o crescimento e desenvolvimento saudáveis e para o fortalecimento do vínculo mãe-bebê. A literatura científica revela que além do AM favorecer uma nutrição rica para a criança, favorece o desenvolvimento saudável da microbiota intestinal, assim como o desenvolvimento cerebral e controle da obesidade, favorecendo a adaptação de hábitos alimentares saudáveis.
Além disso possui importante papel imunológico protegendo a criança contra infecções respiratórias, alergias e diarréias por meio da ação da imunoglobulina A (IgA) secretora que se faz presente em maior concentração no colostro, protegendo o bebê contra a aderência ou penetração de patógenos no organismo.
Da mesma forma, estudos realizados comprovam muitos benefícios para as mães, tal como a redução do risco de desenvolvimento do câncer de mama, uma vez que o movimento de sucção do bebê promove espécie de esfoliação do tecido mamário, além disso auxilia no desprendimento da placenta, contribuindo para a involução uterina, ao mesmo tempo que previne hemorragias no puerpério imediato e consequentemente anemia por perda sanguínea, auxilia na perda de peso adquirido na gestação e serve como método anticoncepcional natural enquanto a mulher não menstruar e estiver em amamentação exclusiva.
Porém, apesar da amamentação ser um processo natural ao ser humano é frequente o aparecimento de algumas complicações, como dificuldades físicas, emocionais e sociais que interferem no processo e podem levar ao desmame precoce. Muitas vezes, os problemas estão associados ao déficit de conhecimento relacionado aos cuidados que devem ser realizados com as mamas, posição e pega correta e benefícios do aleitamento materno em geral.
Tal problemática pode ser amenizada por meio da educação em saúde no pré-natal, que se constitui como porta de entrada para a decisão da mulher em amamentar seus filhos.
Durante a gestação, a mulher precisa estar motivada para que o processo de amamentação se concretize. Estudos afirmam que mulheres que possuem conhecimento acerca dos benefícios da amamentação, autoconfiança e segurança gerada por um maior contato com o tema, tendem a amamentar de forma correta, com poucas ou nenhuma complicação e de forma exclusiva até os seis meses de vida do bebê.
Neste sentido, atividades de educação em saúde, programas de incentivo à amamentação, campanhas, acompanhamento profissional adequado e integral são estratégias que podem e devem ser utilizadas para disseminação do conhecimento acerca de diversos benefícios que essa prática proporciona.
Sabe-se que o estudo sobre fatores intervenientes relacionados a saúde materno-infantil é fundamental para a obtenção de conhecimentos acerca de pilares do aleitamento materno. Todavia, as diferenças regionais na prática da amamentação deixam claro a necessidade de diagnósticos focais e regionalizados para o direcionamento da tomada de medidas de intervenção visando a promoção e proteção desta prática tão importante. Desta forma, este estudo tem como objetivo compreender como propostas de educação em saúde podem contribuir para o conhecimento e atitudes das gestantes frente ao aleitamento materno.