Uso Seguro de Anticoagulantes Orais de Ação Direta

21 de julho de 2020 por filipesoaresImprimir Imprimir

Anticoagulantes são indicados para profilaxia primária e secundária de eventos tromboembólicos, que estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade em todo o mundo.


Anticoagulantes são indicados para profilaxia primária e secundária de eventos tromboembólicos, que estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade em todo o mundo. As indicações da anticoagulação oral envolvem, principalmente, tromboembolismo venoso (ex.: trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar) e fibrilação atrial. Entretanto, apesar da anticoagulação oral ser uma terapêutica historicamente muito prescrita e bastante efetiva, tem sido identificada como importante fator contribuinte para eventos adversos a medicamentos e apontada como alvo de ações prioritárias na prevenção de erros de medicação.

Uso Seguro de Anticoagulantes Orais de Ação Direta

Uso Seguro de Anticoagulantes Orais de Ação Direta.

Anticoagulantes Orais de Ação Direta

Desde 1954, a varfarina é empregada na anticoagulação oral, sendo, frequentemente, iniciada durante a internação hospitalar e prescrita para uso contínuo mesmo após a alta do paciente. Mas, o emprego de anticoagulantes na prática clínica foi ampliado a partir de 2009 com o lançamento de um novo grupo de medicamentos dessa classe de fármacos, inicialmente denominado “Novos Anticoagulantes Orais” (do inglês New Oral Anticoagulants – NOAC). Posteriormente, a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia sugeriu que o termo mais adequado fosse “Anticoagulantes de Ação Direta” (AAD), sendo que, na perspectiva da segurança do paciente, a nomenclatura “Novos Anticoagulantes Orais” poderia induzir uma interpretação inadequada de sua abreviatura. Em relatos citados pelo ISMP EUA, a sigla “NOAC” foi interpretada como “não anticoagulação”, levando a omissões na prescrição e administração de um anticoagulante necessário para o paciente.

Para prevenir e reduzir esses erros de medicação envolvendo os AAD, diferentes ações têm sido sugeridas por instituições como o ISMP e a Joint Comission International. Primeiramente, devido às diferenças entre os anticoagulantes orais, é importante que profissionais de saúde diretamente envolvidos com a utilização desses medicamentos, como enfermeiros, farmacêuticos e médicos, conheçam e tenham acesso às informações sobre suas características terapêuticas para proporcionar um tratamento efetivo e seguro com essa classe de medicamentos.

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