Sentimentos Vivenciados Pelas Mães na Hospitalização Neonatal

8 de julho de 2021 por filipesoaresImprimir Imprimir

Conhece a vivência materna na internação do filho na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.


A partir da descoberta da gestação, a mulher vai construindo seu imaginário de ser mãe e durante essa adaptação passa por aflições consequentes do desconhecido. Embora receios e medos façam parte dessa estruturação, a mulher planeja o nascimento do filho no tempo estimado, sem intercorrências que possam ocasionar prejuízos à saúde do recém-nascido (RN). Assim, nesse período, a mulher constrói em seus desejos uma imagem do filho saudável que juntar-se-á a ela logo após o nascimento e permanecerá até a alta hospitalar.

Sentimentos Vivenciados Pelas Mães na Hospitalização Neonatal

Sentimentos Vivenciados Pelas Mães na Hospitalização Neonatal. Foto: Divulgação

No entanto, em alguns casos ocorrem alterações que levam a um parto prematuro e/ou o desenvolvimento de anomalias no feto, nascendo uma criança que necessita de cuidados em unidade de terapia intensiva. A imagem do filho perfeito é desfeita quando nasce um bebê prematuro e/ou portador de anomalias congênitas . Dessa forma, ao deparar-se com tal situação, a mulher/mãe apresenta sentimentos negativos decorrentes do medo do desconhecido, da perda do filho imaginado e da possibilidade da perda do filho real.

Vivência materna

Durante a internação do filho na UTIN, a mãe experiência sentimentos negativos decorrentes dos anseios ocasionados pela hospitalização em um ambiente reconhecido pela vulnerabilidade dos pacientes e seu risco de morte. Tais sentimentos são inevitáveis e fazem parte do processo de adaptação ao novo espaço. Então, a mãe do RN internado precisa familiarizar-se com esta unidade e compreender a necessidade do filho em receber tais cuidados para o restabelecimento de sua saúde e a alta hospitalar.

A internação do RN em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) ocorre simultaneamente ao luto da mãe pela perda do bebê imaginado e a adaptação da mesma ao filho real, que necessita de cuidados especiais. O distanciamento causado pela internação dificulta a formação do vínculo entre mãe e filho e afeta a identidade materna, havendo a necessidade de intervenções por parte da equipe de enfermagem a fim de minimizar os danos causados por toda essa complexa situação e pela hospitalização da criança logo após o nascimento.

Considerando esses pressupostos, elaborou-se a questão de pesquisa: Qual a vivência das mães frente à internação do filho na Unidade de terapia intensiva neonatal? Com isso, objetivou-se conhecer a vivência materna frente à internação do filho na Unidade de terapia intensiva neonatal.

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