Polifarmácia: Quando Muito é Demais?

15 de janeiro de 2019 por filipesoaresImprimir Imprimir


A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um novo desafio global de segurança do paciente intitulado “Medicação sem Danos”. A ocorrência e impacto dos erros de medicação se diferenciam substancialmente de acordo com circunstâncias clínicas. Faixas etárias e cenário de saúde. A OMS destacou três áreas prioritárias como foco de ações para proteger pacientes de danos relacionados ao uso de medicamentos: situações de alto risco. Transição do cuidado e polifarmácia.

Polifarmácia - Quando Muito é Demais

Não há consenso na literatura quanto ao conceito de polifarmácia. Diferentes pontos de corte numérico são adotados para diferentes períodos de tempo e ambientes de assistência. Também são adotadas classificações de cunho mais qualitativo (ex.: o uso de medicamento que não seja clinicamente indicado), demandando avaliação clínica mais aprofundada para sua aplicação.

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Definição de polifarmácia

O “uso de cinco medicamentos ou mais”, porém, para fins do Desafio Global de Segurança do Paciente, a OMS adotou a conceituação de “uso rotineiro de quatro ou mais medicamentos simultâneos por um paciente. Sejam eles prescritos, isentos de prescrição ou outros medicamentos tradicionais”.

O aumento do número de medicamentos utilizados pelos pacientes tem sido relacionado a maiores riscos de dano e a polifarmácia é associada ao aumento da ocorrência de eventos adversos. Reações adversas, quedas, tempo de hospitalização e mortalidade. Entretanto, o uso de múltiplos medicamentos pode ser clinicamente indicado, efetivo e seguro. Justificando a tendência em adotar-se o termo “polifarmácia apropriada” nessas circunstâncias.

Poucos estudos avaliaram a polifarmácia no âmbito da atenção primária e em sistemas públicos de saúde. Além disso, as evidências científicas de eficácia dos medicamentos são provenientes de ensaios clínicos randomizados, que excluem idosos, pessoas com comorbidades e polifarmácia.

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