Levanta os fatores de risco para o vínculo mãe-bebê prejudicado identificados por enfermeiros e as suas ações.
A gravidez e o parto são momentos marcantes para a mulher, sendo caracterizados por rápidas e grandes transformações físicas, psíquicas e sociais. Essas transformações são fundamentais para o ajustamento da mulher a uma nova realidade.
Várias formas de interações possibilitam o fortalecimento do vínculo da mãe com o recém-nascido. Assim como existem fatores que facilitam e fortalecem o processo de formação de vínculo mãe/bebê, existem fatores que prejudicam essa relação.
O puerpério, período compreendido após o parto, é reconhecido como um momento crítico e de grande labilidade emocional. Nesse período, ocorrem mudanças de humor, associadas ao declínio hormonal da progesterona e do estrogênio, acarretando um sentimento de insegurança com o papel materno. Esses transtornos de humor, mais comuns nas primeiras quatro a seis semanas após o parto, podem interferir diretamente na relação mãe/bebê, podendo prejudicar o fortalecimento do vínculo.
O enfermeiro, profissional que normalmente está muito presente no atendimento às necessidades da gestante e da puérpera, deve estar atento a esses fatores de risco, de forma a prevenir o fracasso do estabelecimento do vínculo mãe-bebê.
O conhecimento desses fatores de risco pela equipe de enfermagem é fundamental para prevenir transtornos mentais na mãe. É importante ressaltar que a saúde do bebê depende do equilíbrio emocional da mãe e que o sucesso da formação de um vínculo saudável e consistente entre mãe e seu filho, depende, em grande parte, da assistência de enfermagem prestada a ambos.
A equipe de enfermagem deve estar atenta a esses fatores de risco. De forma a identificá-los precocemente e implementar medidas que auxiliem na promoção de um puerpério emocionalmente sadio à nova mãe. E, assim, garantir a formação do vínculo e do afeto. Tão fundamentais para o desenvolvimento do bebê.