Pode haver uma nova esperança no horizonte da luta contra o câncer. Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford anunciaram que desenvolveram um novo tratamento, que teve resultados notoriamente positivos em ratos.
O tratamento é uma forma de imunoterapia – usando o próprio sistema de defesa do corpo para lutar contra os agentes do câncer – através de uma vacina feita de dois tipos de agentes imunoestimulantes diretamente em tumores.
Os pesquisadores descobriram que usando esse método, os tumores em camundongos foram completamente eliminados em menos de 10 dias. Além do mais, a equipe descobriu que dentro de 20 dias, mesmo os tumores que não tinham sido tratados desapareceram.
O tratamento está sendo considerado inovador pela comunidade científica. A nova vacina pode ser adaptada para qualquer tipo de câncer. No caso do experimento de Stanford com camundongos, por exemplo, a doença era linfoma.
No estudo, publicado na Science Translational Medicine, todos, exceto três dos 90 camundongos tratados, foram curados do câncer logo na primeira tentativa. Nos poucos casos em que isso não aconteceu, os tumores foram erradicados após uma segunda injeção. A vacina não afetou, no entanto, outros tipos de doenças no corpo do animal.
Além de ser uma forma de tratamento relativamente barata, o método da equipe também é considerado menos invasivo. Outros tipos de imunoterapia requerem a ativação do sistema imunológico de todo o corpo, e alguns exigem que as células sejam removidas do corpo e manipuladas geneticamente antes de lutar contra os cânceres.
“Nossa abordagem usa uma aplicação única de pequenas quantidades de dois agentes para estimular as células imunes apenas no próprio tumor”, disse o Dr. Ronald Levy, professor de oncologia e autor sênior do estudo, ao Stanford Medicine News Center . “Nos ratos, vimos efeitos surpreendentes no corpo inteiro, incluindo a eliminação de tumores em todo o animal”.
Dos agentes imunológicos que compõem a vacina, dois já estão aprovados para uso em humanos. Um teste já foi marcado para testar a eficácia do tratamento de Stanford em pacientes humanos com linfoma.
Se tudo correr bem, diz Levy, o novo tratamento pode ser uma revolução na forma como os médicos abordam o tratamento de cânceres:
“Eu não acho que haja um limite para o tipo de tumor que poderíamos tratar potencialmente, desde que tenha sido infiltrado pelo sistema imunológico”, finaliza o médico.
Fonte: [1]