Fundação do Câncer dá Dicas de Prevenção ao Câncer de Pele

25 de janeiro de 2017 por filipesoaresImprimir Imprimir

Com a adoção de medidas simples no dia a dia e acompanhamento médico regular é possível prevenir o câncer de pele.


Com a chegada do verão, é preciso redobrar os cuidados com a pele. A exposição solar sem proteção e fora dos horários recomendados é a principal causa de câncer de pele não-melanoma, o mais comum na população brasileira. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país.

Para o biênio 2016-2017, de acordo com o Inca, são estimados 175.760 novos casos da doença. Apesar de ser o que acomete mais pessoas, o câncer de pele é o tipo com mais baixa mortalidade e altos índices de cura, podendo chegar a 90%, se diagnosticado precocemente, aliado ao tratamento adequado.

A boa notícia é que com a adoção de medidas simples no dia a dia e acompanhamento médico regular é possível prevenir o câncer de pele. Confira as dicas do médico epidemiologista e do oncologista clínico da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff e Frederico Müller.

Horários recomendados para exposição ao sol

Deve ser antes das 10h e após as 16h. Fora desses períodos, a radiação solar é muito perigosa, pois favorece o envelhecimento precoce e aumenta os riscos de desenvolver câncer de pele. Com o banho de sol nos horários recomendados é possível garantir ainda boa absorção de vitamina D, que, entre os benefícios, fortalece os ossos.

Cuidados na praia ou piscina

Na praia, na piscina ou em qualquer outro local onde haja exposição ao sol, a proteção é sempre a melhor opção. Por isso, use sempre chapéus, bonés, roupas com proteção UV e guarda-sol (feito de algodão ou lona, evitando barracas de nylon). É essencial o uso de filtro solar com, no mínimo, FPS 30, contra radiação UVA e UVB, no corpo e nos lábios. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Eles ajudam a bloquear a ação dos raios solares. Também é importante a utilização de óculos escuros com filtro ultravioleta, que previnem lesões oculares.

Profissionais que trabalham ao ar livre

Os tumores de pele estão relacionados a alguns fatores de risco e, principalmente, à exposição aos raios ultravioletas do sol. Pessoas que trabalham sob o sol são mais vulneráveis ao câncer de pele não-melanoma. Além dos cuidados básicos de proteção, quem trabalha ao ar livre durante o dia deve usar camisas de manga longa e calças compridas e buscar abrigo na sombra. O protetor solar deve ser repassado na frequência indicada pelo profissional de saúde. Vale ressaltar que, fora do prazo, eles não oferecem proteção. Essas orientações também são válidas para quem pratica atividades físicas ao ar livre.

Sintomas que podem indicar câncer de pele

Feridas na pele que demoram a cicatrizar (em um período maior que quatro semanas), variações na cor de sinais que já existiam, manchas que coçam ou sangram e o surgimento de pintas com bordas irregulares podem ser indicativos da doença.

Importante destacar o chamado “ABCDE” da transformação de uma pinta em melanoma. Ou seja: Assimetria – uma metade diferente da outra; Bordas irregulares – contorno mal definido; Cor variável – várias cores em uma mesma lesão; Diâmetro – maior do que seis milímetros e Evolução. Caso perceba algum desses sintomas em você ou alguém da sua família, procure um profissional de saúde o mais rápido possível. O diagnóstico precoce é um bom aliado no tratamento da doença. Por isso, é fundamental o acompanhamento médico periódico.

Grupos de risco na população

O câncer de pele se manifesta, na maioria dos casos, em pessoas com mais de 40 anos, de pele clara, olhos azuis ou verdes, cabelos loiros ou ruivos, pessoas albinas, histórico de câncer de pele pessoal ou na família e em forma de feridas, nódulos ou pintas em qualquer parte do corpo. A doença é relativamente rara em crianças e pessoas de pela negra, com exceção dos portadores de lesões cutâneas anteriores.

Riscos do bronzeamento artificial

As câmaras de bronzeamento artificial trazem riscos comprovados à saúde, e, em 2009, foram reclassificadas como agentes cancerígenos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no mesmo patamar do cigarro e do sol. A prática de bronzeamento artificial antes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer de pele, além de acelerar o envelhecimento precoce e provocar outras dermatoses.

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