O Brasil apresenta um quadro sanitário em que se combinam doenças ligadas à pobreza, típicas dos países em desenvolvimento, e doenças crônico degenerativas, características dos países mais afluentes. Essa situação reflete, inquestionavelmente, as contradições do processo de desenvolvimento do País.
Vale ressaltar que, apesar de muito melhor, a qualidade do registro do óbito pelo câncer ainda fica comprometida pela classificação do mesmo como causa mal definida.
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No Brasil, em 1998, a mortalidade por causas mal definidas era a segunda causa de morte (15%). A análise por macrorregião revela que nas regiões Norte e Nordeste as causas mal definidas ocupavam a primeira posição, responsáveis por 24% e 30%. Na região Centro-Oeste as causas mal definidas encontravam-se na quarta posição (11%). E nas regiões Sul e Sudeste essas causas ocupavam a quinta colocação, 8% e 10% do registro dos óbitos.
Excluindo-se as causas mal definidas, o câncer constitui a terceira causa de morte no Brasil. Atrás somente das doenças do aparelho circulatório e das causas externas, sendo assim a segunda causa de morte por doença. Em 1998, os neoplasmas foram responsáveis por 11,92% dos 929.023 óbitos registrados. Como resultado pesquisa aponta que 54,21% dos óbitos por neoplasia ocorreram entre os homens e 45,74%, entre as mulheres.
Através da análise dos determinantes sociais e indicadores epidemiológicos do câncer, este livro procura ressaltar a importância dessa doença como um problema de saúde pública em nosso país com o fim de discutir o seu impacto social e econômico.