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Vacinação e Biossegurança: o Olhar dos Profissionais de Enfermagem

O presente estudo analisa as concepções e as práticas dos trabalhadores de Enfermagem sobre a relação entre vacinação e biossegurança [1] em um hospital público de referência em doenças infecto contagiosas em Natal/RN.

Vacinação e Biossegurança: o Olhar dos Profissionais de Enfermagem

Vacinação e Biossegurança: o Olhar dos Profissionais de Enfermagem. Foto: Divulgação.

Trata-se, portanto, de um estudo exploratório/descritivo com abordagem qualitativa e quantitativa. Constituíram-se como colaboradores da pesquisa vinte e dois profissionais de enfermagem, sendo cinco enfermeiras, três auxiliares e quatorze técnicos em enfermagem. As informações foram obtidas através da técnica de entrevista com roteiro semi-estruturado. Na abordagem quantitativa, as informações foram analisadas estatisticamente e apresentadas em forma de tabelas e gráficos para caracterizar os trabalhadores e os aspectos relacionados à situação vacinal dos mesmos; e na abordagem qualitativa, utilizamos o método de análise de conteúdo.

A análise foi realizada a partir das categorias empíricas advindas do processo de análise do material de campo, medida através de inferências e interpretações baseadas nos autores estudados no referencial teórico da pesquisa. A partir da análise dos resultados, constatamos que os trabalhadores de enfermagem entrevistados estabelecem de forma clara e objetiva, nas suas falas, uma relação direta entre vacinação e biossegurança além de atribuir um significado de grande importância quanto ao uso das vacinas em suas vidas profissionais no que se refere ao controle e diminuição dos riscos, sobretudo os biológicos, aos quais se encontram expostos no exercício cotidiano de suas funções. No entanto, ao analisar a situação vacinal desses trabalhadores, verificamos que a cobertura vacinal ainda se encontra aquém do esperado para as vacinas de interesse ocupacional, com destaque apenas para as vacinas contra difteria e tétano e a contra hepatite B, que apresentaram coberturas consideradas muito boas e acima da média nacional.

Considerando que a instituição, embora tenha um serviço de saúde ocupacional atuante e ofereça algumas vacinas de interesse ocupacional, ainda apresenta um trabalho de pouca mobilização no que se refere à sensibilização e educação permanente dos trabalhadores quanto à necessidade e importância da vacinação ocupacional, não só para a proteção dos seus trabalhadores, como também como medida no controle de infecção e, portanto, como segurança para os seus pacientes/clientes.

Entendemos que esse tipo de trabalho ainda não se transformou em política orientada pelos Ministérios da Saúde [2] ou do Trabalho, porém, cabe às instituições que trabalham pelo interesse da saúde dos trabalhadores lutar por toda e qualquer ação e mobilização que tenham como objetivo proteger os trabalhadores dos riscos no seu ambiente de trabalho

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