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O Trabalho de Enfermagem no Atendimento ao Cliente Com Ferida: Uma Abordagem Ergonômica

Trata-se de estudo exploratório descritivo, com abordagem ergonômica, oriunda da escola franco-belga, objetivando analisar as condições do trabalho de enfermagem [1] de atendimento ao cliente, com ferida, em sala de curativo localizada em seis unidades básicas de saúdo localizadas no interior do Estado de São Paulo.

O Trabalho de Enfermagem no Atendimento ao Cliente Com Ferida: Uma Abordagem Ergonômica

Foto: Divulgação.

Os formulários validados foram aplicados em oito trabalhadoras de enfermagem, abordando o homem, o ambiente, utilizou-se a técnica de observação participativa na atividade de trabalho de seis trabalhadoras. A faixa etária das trabalhadoras varia de vinte e um a quarenta e seis anos. A formação de enfermagem das trabalhadoras era: Sete eram técnicas e uma auxiliar, três cursavam graduação em enfermagem [2]; quanto à capacitação para iniciar a atividade na sala de curativo: três afirmaram não receber, três receberam pela enfermeira da Unidade Básica de Saúde e duas receberam pela assessoria técnica da empresa. A internet não era utilizada com freqüência. A carga de trabalho era de oito horas diárias e o tempo de trabalho na atividade variou de nove a oitenta e quatro meses. O acidente de trabalho na sala de curativo ocorreu com duas trabalhadoras: Perfuro cortante e respingo de sangue no rosto, sendo notificados; uma trabalhadora teve afastamento trabalho por pancreatite. Somente três trabalhadoras tinham índice de massa corpórea normal, duas praticavam atividades físicas, e três consideraram não ter lazer. As trabalhadoras referiram encontrar na atividade: exigência de esforço físico, esforço mental e concentração, a principal dificuldade foi a adesão do usuário ao tratamento. O risco biológico para o trabalho na sala de curativo foi considerado por quatro trabalhadoras.

Na fase de observação constatou-se a ausência de padronização na estrutura física e inadequação do mobiliário; adoção de má postura física na realização do curativo, considerado risco ocupacional, sendo o tanque lava pé o fator agravante; a percepção das trabalhadoras de temperatura elevada e de ruído elevado a intenso. Não havia tarefa prescrita para a realização do trabalho e não era utilizada a sistematização da assistência de enfermagem.

Este estudo sugere a continuidade da abordagem ergonômica organizacional e cognitiva para essa atividade.

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