Você sabia que é possível reduzir – e até eliminar – o uso de contenção mecânica em pacientes adultos e idosos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI [1])? Um projeto de melhoria da qualidade desenvolvido em uma UTI de um hospital filantrópico mostrou que, com planejamento, engajamento da equipe e uso de metodologias adequadas, mudanças significativas podem acontecer.

Qual era o objetivo?
A proposta era clara: implementar um programa para melhorar a qualidade do cuidado prestado, com foco específico na redução do uso de contenção mecânica em pacientes adultos e idosos internados na UTI.
Como foi feito?
Trata-se de um relato de experiência baseado na ciência da implementação em saúde, mais especificamente em um modelo conhecido como Quality Improvement. A equipe utilizou a metodologia Plan-Do-Study-Act (PDSA [2]), que orienta o planejamento, execução, análise e aprimoramento de ações. O projeto foi conduzido com os profissionais de enfermagem, que assumiram papel central no processo.
Quais foram os resultados?
O programa alcançou uma participação expressiva: 87,3% da equipe de enfermagem esteve envolvida. Com isso, foi possível reduzir a taxa global de contenção mecânica de 11% para 4%. E mais impressionante: nos dois meses seguintes à implementação, a taxa caiu para 0%.
Conclusão: uma mudança real e possível
A experiência mostrou que é viável diminuir – e até zerar – o uso da contenção mecânica com base em evidências e boas práticas. Além disso, reforça o protagonismo da enfermagem na promoção de mudanças significativas no cuidado ao paciente.
Essa iniciativa é um exemplo inspirador de como inovação, ciência e dedicação podem transformar a realidade nas UTIs, promovendo um ambiente mais humanizado e seguro para todos.