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O Quilombo Urbano: Território Vivo de Práticas Promotoras de Saúde

Você já ouviu falar em aquilombamento como uma forma de promover saúde e qualidade de vida [1]? Um estudo recente realizado por enfermeiros no Quilombo Urbano do Camorim, no Rio de Janeiro, em 2024, mostrou como esse movimento pode ser uma solução inovadora para o cuidado com a população negra, alinhada às diretrizes do Programa Brasil Saudável [2].

Foto:
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Como o estudo foi feito

A pesquisa teve caráter qualitativo, descritivo e exploratório, e contou com a participação de pessoas que frequentam o quilombo. Para selecionar os participantes, foi utilizado o método Bola de Neve — em que cada pessoa indica outra para participar —, e as entrevistas foram semiestruturadas, permitindo um diálogo aberto sobre experiências e percepções. A análise dos dados seguiu a técnica de análise temática de conteúdo, garantindo uma compreensão profunda das falas coletadas.

O que os participantes revelaram

Ao todo, 10 pessoas participaram do estudo, sendo 60% pretas e 40% pardas. Nos depoimentos, o sentimento de pertencimento ao Quilombo Urbano do Camorim apareceu com força. O espaço foi descrito como um verdadeiro território de promoção da saúde e do bem viver, onde as pessoas se sentem acolhidas, cuidadas e livres para serem quem são.

Por que o aquilombamento é tão importante

Mais do que um espaço físico, o aquilombamento representa acolhimento, resistência e conexão com as raízes ancestrais. O estudo concluiu que esse processo fortalece o sentimento de pertencimento e atua como um promotor natural de saúde e bem-estar.
O quilombo urbano também foi reconhecido como um território de cura, cuidado e resgate cultural, onde a ancestralidade é valorizada e a coletividade é um pilar fundamental para o fortalecimento da identidade negra.

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