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Intervenções Para Ansiedade Que Podem Ser Utilizadas por Enfermeiros

Síndromes respiratórias agudas graves (SARS) são doenças infecciosas que se tornam epidêmicas com variantes como coronavírus. A COVID-19 é uma infecção causada pelo SARS-CoV-2, declarada pela OMS, como uma emergência de saúde global. Em meio a essa situação, é possível observar dados preocupantes em relação à saúde mental, agravada durante uma grave crise social – como a gerada pela pandemia.

Avaliação da Depressão, Ansiedade e Estresse em Profissionais da Equipe de Enfermagem

Foto: Divulgação.

Diversos são os fatores que impactam a saúde mental da população durante um período pandêmico, incluindo a falta de informação confiável sobre as medidas de prevenção da doença, gerada pela disseminação de “fake news [1]”, além de medo do contágio, distanciamento social, entre outros, que causam diversas alterações biopsicossociais. Neste cenário, destaca-se a alta prevalência de ansiedade na população, mesmo após o controle do vírus.
A ansiedade consiste em um vago e incômodo desconforto ou temor, acompanhado de alterações fisiológicas e comportamentais do indivíduo, causadas pela antecipação de um perigo. Em grau baixo, a ansiedade pode ser considerada um sinal de alerta que chama a atenção para o perigo iminente e permite ao indivíduo tomar medidas para lidar com a ameaça; entretanto, quando passa a dificultar a atuação em seu cotidiano, ela resulta em um estado patológico.
No que tange à atuação dos profissionais de saúde frente aos sintomas de ansiedade, sabe-se que a enfermagem se destaca como a espinha dorsal do sistema de saúde, atuando em todos os níveis de atenção e garantindo o cuidado integral durante as 24 horas do dia, sendo o enfermeiro responsável pela organização do cuidado. A assistência deve atender à Resolução COFEN 358/2009 [2], que dispõe sobre a Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE).
O padrão ouro de tratamento para os sintomas de ansiedade são a Terapia Cognitivo Comportamental e o uso de medicamentos de primeira linha para transtornos de ansiedade. No entanto, a pandemia trouxe a necessidade da introdução de medidas inovadoras em conjunto com o modelo tradicional de cuidado.  É importante, portanto, que haja a identificação e o mapeamento das evidências sobre as estratégias de manejo da ansiedade durante a pandemia da COVID-19, possibilitando traduzir conhecimento para prática em saúde aos profissionais – principalmente a enfermagem, que atua diretamente na linha de frente da assistência em todos os níveis de atenção à saúde.
Neste contexto, o objetivo desta revisão foi mapear as intervenções que podem ser realizadas por enfermeiros, nos diversos serviços de atenção à saúde, para o manejo dos sintomas de ansiedade em adultos durante a COVID-19.
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