Quando falamos em qualificar o cuidado em saúde, especialmente diante de doenças determinadas por fatores sociais, é essencial pensar além das práticas clínicas. A gestão do cuidado e o trabalho em equipe surgem como ferramentas estratégicas para transformar a forma como os serviços de saúde atuam no dia a dia.

Este artigo traz uma reflexão teórico-reflexiva baseada em revisão narrativa e análise crítico-estratégica sobre o tema. A principal ideia é que a gestão do cuidado envolve seis dimensões interligadas — individual, familiar, profissional, organizacional, sistêmica e societária —, e que o fortalecimento dessas dimensões é o caminho para reconfigurar os sistemas locais de saúde.
Ao integrar essas esferas, torna-se possível estimular práticas colaborativas entre profissionais, fortalecer a governança intersetorial e promover uma maior integração entre políticas públicas.
Em resumo, avançar na superação das iniquidades em saúde exige modelos de cuidado integrados, centrados na promoção de direitos, na busca por equidade e na valorização da inovação social. É nessa articulação entre gestão, equipe e compromisso coletivo que o cuidado em saúde ganha potência e significado.