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Enfermagem Alagoana Durante a Gripe Hespanhola (1918-1919)

15 de April de 2025 por filipesoaresImprimir Imprimir

A Enfermagem Alagoana Durante a Gripe Espanhola: Um Olhar Histórico.


A gripe espanhola (1918-1919) foi uma pandemia que devastou o mundo e deixou marcas profundas na história da saúde pública. Em Alagoas, a atuação da enfermagem nesse período teve características marcantes que merecem ser analisadas. Neste artigo, exploramos o papel da enfermagem alagoana durante essa pandemia, destacando a importância das enfermeiras, as dinâmicas de trabalho e as questões de gênero que permeavam esse cenário.

Foto: Senado Federal.

O Contexto da Pesquisa

A pesquisa realizada é um estudo histórico-documental com foco na atuação da enfermagem alagoana durante a pandemia de gripe espanhola. O período analisado vai de 1918 a 1919, e o cenário geográfico é o estado de Alagoas, mais especificamente sua capital, Maceió. O trabalho envolveu etapas de busca e análise das fontes históricas, com critérios de inclusão e exclusão rigorosos para garantir a precisão dos dados.

A Atuação das Enfermeiras em Maceió

As fontes documentais revelaram a presença de enfermeiras na linha de frente da assistência à população, especialmente em postos de socorro instalados em instituições escolares e outros pontos estratégicos de Maceió. Essas enfermeiras desempenhavam um papel essencial no atendimento aos doentes e no controle da propagação da doença, atuando em condições precárias, mas com um comprometimento admirável.

O Perfil da Enfermagem e a Questão de Gênero

Um aspecto importante observado foi a predominância feminina na enfermagem alagoana durante a gripe espanhola. No entanto, a pesquisa também revelou disparidades salariais significativas entre as profissionais, que variavam conforme o cargo ocupado e o local de atuação. Além disso, observou-se que muitas enfermeiras enfrentavam uma inversão e acúmulo de funções, o que implicava em sobrecarga de trabalho e, muitas vezes, em condições adversas de exercício profissional.

Outro ponto relevante foi a presença de uma estrutura hierárquica marcada pelo domínio masculino em determinados espaços de poder dentro da enfermagem. A função de “administrador de enfermaria”, que se destacava na organização e gestão das atividades de saúde, era predominantemente exercida por homens, evidenciando um reflexo da sociedade da época, que ainda reservava para o sexo masculino os postos de liderança.

Conclusão

A pesquisa sobre a atuação da enfermagem durante a gripe espanhola em Alagoas destaca a importância das enfermeiras, que foram protagonistas no enfrentamento da pandemia, mesmo enfrentando desafios significativos relacionados ao gênero e à organização do trabalho. A pesquisa também revela as disparidades salariais e a ocupação desigual de posições de liderança na área, oferecendo um panorama da enfermagem que vai além da assistência à saúde, mas que também reflete as tensões sociais e de poder de uma época.

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