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Elaboração e Validação da Escala de Mensuração do Risco de Má Adesão Ao Tratamento Dialítico

4 de June de 2025 por filipesoaresImprimir Imprimir

Conheça a Escala de Mirkai: uma ferramenta para avaliar o risco de má adesão ao tratamento hemodialítico.


A adesão ao tratamento é um dos maiores desafios enfrentados por pessoas em hemodiálise. Pensando nisso, um grupo de pesquisadores desenvolveu e validou uma nova ferramenta: a Escala de Mirkai, criada com o objetivo de identificar o risco de má adesão ao tratamento hemodialítico.

Foto: Governo Federal.

Como foi desenvolvida a escala?

O processo seguiu um roteiro metodológico rigoroso, com base nos princípios propostos por Echer. As etapas incluíram:

  1. Submissão do projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa da instituição;

  2. Realização de um levantamento bibliográfico aprofundado;

  3. Concepção da escala propriamente dita;

  4. Validação do conteúdo com especialistas na área de nefrologia.

Participação de especialistas

Para garantir a robustez da ferramenta, 13 juízes participaram da etapa de validação. Desse total, 61,5% possuíam título de mestre e 53,8% já haviam publicado estudos na área de nefrologia, o que demonstra a qualificação dos avaliadores.

A análise da escala foi dividida em três dimensões:

  • Objetivos

  • Estrutura/Organização

  • Relevância

A dimensão “Objetivos” apresentou o menor Índice de Validação de Conteúdo (IVC), com 0,92, enquanto “Relevância” alcançou o maior valor: 0,98. O IVC total da escala ficou em 0,96, indicando uma excelente validação de conteúdo. Além disso, o Teste Binomial mostrou que não houve discordância significativa entre os avaliadores (p > 0,05), reforçando a consistência dos resultados.

Conclusão: uma ferramenta válida para a prática clínica

Com um IVC global de 0,96, a Escala de Mirkai se mostra uma tecnologia válida tanto em conteúdo quanto em aparência. Essa ferramenta representa um importante avanço na prática clínica, auxiliando profissionais da saúde a identificarem precocemente pacientes com risco de não seguir corretamente o tratamento hemodialítico — e, assim, contribuindo para um cuidado mais eficaz e humanizado.

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