Em situações emergenciais, a resposta rápida e coordenada é fundamental para uma assistência efetiva. O Conselho Federal de Enfermagem instituiu, por meio da Resolução 761/2024 [1], o Comitê Nacional de Enfermagem em Desastres, Catástrofes e Emergências de Saúde Pública.

“O comitê foi criado pela necessidade de assistir profissionais de Enfermagem que estão cada vez mais vulneráveis a eventos climáticos. Muito moram em locais de risco, embora casos como o do Rio Grande do Sul mostrem que ninguém está imune a esses eventos. 97% dos municípios foram afetados”, afirma o coordenador, Sílvio Queiroz. “Vamos atuar no treinamento de profissionais e elaboração de protocolos, fortalecendo a capacidade de coordenação dos Conselhos Regionais nessas ações”.
O novo comitê tem como objetivo principal capacitar e preparar os enfermeiros para atuarem de forma proativa em situações de crise, não apenas realizando a primeira resposta, mas também coordenando ações de gerenciamento assistencial e humanitário. Através de estudos, treinamentos e desenvolvimento de protocolos específicos, os profissionais estarão aptos a avaliar, planejar e executar estratégias eficazes para atender às necessidades da população em momentos de grande vulnerabilidade.
Uma das prioridades do comitê é a criação de Equipes de Resposta Rápida (ERR) nos Conselhos Regionais. Essas equipes terão a função de oferecer o primeiro atendimento às vítimas, até a chegada de equipes mais especializadas do Cofen. A formação e a atuação dessas equipes serão discutidas e normatizadas pelo comitê, garantindo a qualidade e a eficiência da assistência prestada.
Enfermagem em Desastres
A Equipe de Resposta Rápida do Cofen [2] já realizou, em parceria com Conselhos Regionais, 14 missões humanitárias presenciais nos estados da Bahia (2021), Minas Gerais (2022), Rio de Janeiro (2022), Pernambuco (2022), Alagoas (2022), Espírito Santos (2022 e 2024), Roraima (2023), São Paulo (2023), Acre (2023 e 2024), Paraná(2023) e RS (2023 e 2024), além de seis missões de assessoria remota no Maranhão (2022), Santa Catarina (2023 e 2024), Bahia (2022 e 2024) e Rio de Janeiro (2024).
Foram mais de 7.600 acolhimentos a profissionais afetados. Somente no Rio Grande do Sul, foram 3943 profissionais afetados e 3801 acolhidos, juntamente com mais de 12 mil familiares, em 82 municípios. 135 voluntários participaram das ações, coordenadas pela ERR/Cofen e Coren-RS. A ERR conseguiu chegar aos locais em até 24h após o acionamento. Antes mesmo disso, foi divulgado link para pedidos de ajuda.
O comitê também dará continuidade à parceria com o Escritório de Assistência Humanitária (BHA) da USAID [3], que já oferece capacitações em gestão de crise através do Sistema de Comando de Incidentes (SCI). Essa iniciativa visa preparar todos os profissionais para atuarem de forma coordenada e eficiente em situações complexas.
Integram o vomitê:
- Silvio José de Queiroz, Coren-GO 93.937-ENF
- Eduardo Fernando de Souza, Coren-SP 180.775-ENF
- Mara da Silva Pereira Bastos, Coren-RO 293.102-ENF
- Rosane Mortari Ciconet, Coren-RS 28.465-ENF
- Sérgio Dias Martuchi, Coren-SP 67.401-ENF
- Walber Alves Frazão Júnior, Coren-PB 110.238-ENF
- Wanderson Kleber de Oliveira, Coren-DF 77.241-ENF